quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Jornal Ícone - Redes de Serviços Autorizados em eletroeletrônicos precisam de mais ação e menos confraternização









Por Carlos Dei



Ter fechado 2008 ou fechar 2009 com dificuldades, devido à acentuada queda na demanda de serviços, era um quadro que já se esboçava há um bom tempo no segmento de serviços autorizados em eletroeletrônicos, muito antes da queda do dólar e do valor do produto final, novo, cujas facilidades de financiamento que encantaram o cliente provocaram um enxurrada de consumo pouco criterioso.
O aumento de cerca de 11,5% nos custos gerais piorou a situação, somando-se a isto (eternas) taxas irrisórias de serviço em garantia pagas pela maioria dos fabricantes e importadores (o custo médio deste serviço gira em torno de R$ 37,50 a R$ 41,00; a rede autorizada subsidia serviços em garantia de fábrica e se vêem obrigados a realizar outros, seja fora de garantia ou na garantia estendida. Isto também já era sabido.
Aliás, um fator apontado como uma das “salvações” das redes de serviço autorizado em eletroeletrônicos é a garantia estendida, cujos signatários pagam valores compatíveis com os custos reais. O problema é que, não se propaga aos ventos, o controle destes serviços parou na mão de poucos, quando a idéia associativa do segmento sempre foi a de se buscar soluções e alternativas para os problemas comuns, dividindo os ônus e os dividendos.
Em 2009 a variação do custo do dólar vem afetando as indústrias que aumentam seus preços, e, embora tenham subsídios do governo, ainda não sinalizaram pra valer com a questão da reposição de peças, o que amenizaria o quadro das redes de serviço, tendo o consumidor repensado sobre os gastos excessivos com o consumo e decidido pela recuperação de seus equipamentos.
Se falou, em tantos encontros do segmento, no desenvolvimento de parcerias para se tentar solucionar os obstáculos, achar consenso sobre o prazo legal de garantia - 90 dias pelo Código de Defesa do Consumidor, mas que na realidade, existem fábricas que praticam até 10 anos, dando uma verdadeira calça arriada na rede de serviços, (até porque, além de não pagarem adequadamente, não mantêm estoques de peça, o que gera outra questão crucial: a rotina de Procons e Juizados de Pequenas Causas, tendo os autorizados que assumirem o ônus desta, seja prestando serviço ou devolvendo dinheiro ao consumidor, sem amparo do dono da marca...) Nada que não se tenha debatido intensamente e insistentemente de 92, 93 para cá.
A grande incógnita que paira, como agulhas de vodu, na percepção de muitos empresários do segmento (que apesar de serem afetados com tudo o que foi apontado e mais até, estão antenados com os acontecimentos) é saber o que não deu certo ou o que falta no associativismo da categoria, que, embora tenha uma representatividade, legal, a maioria continua arrebatada por esses problemas, sem que concretamente nada aconteça para se reverter a situação. E, na visão de alguns, pouco se faz para isso, além de troca de afagos.

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