sexta-feira, 6 de junho de 2014

Jornal Ícone - Edição nº 217

Copa do Mundo 2014: “sangramento fora de hora”?
 - Editorial
Os desafios de ensinar quando não querem aprender
É válido medir a impedância dos alto-falantes 
com o Ohmímetro?
Analisando Circuitos de Proteção
Por que técnico em eletrônica precisa 
saber eletrônica?
O porquê de não se conseguir unir a classe técnica!


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Jornal Ícone, ed 217 - Copa do Mundo Fifa 2014: "sangramento fora de hora"?

Carlos Dei

Não cabe aqui julgamento do mérito da questão, mas convenhamos, as controvérsias em relação à realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014 traz uma série de “sangramentos” fora de hora que requerem muita, mas muita atenção. Com todo respeito às paixões futebolísticas de parte considerável da população brasileira e mundial, não podemos deixar passarem despercebidas as dicotomias geradas por esse evento e o não consenso em relação ao ‘fim’ e aos ‘meios’.
A estimativa aproximada de “investimentos” (?) é de 183 bilhões de reais, sendo 20 bi de dinheiro público (é o que dizem) e o restante da iniciativa privada (será???) em infraestrutura para receber a Copa, “bagatela” essa distribuída em transportes, segurança e cultura, para o bem-estar da população e dos turistas, 12 estádios moderníssimos, 700 mil postos de trabalho com 330 mil empregos permanentes, aquecimento na economia impactando o PIB (Produto Interno Bruto), gerando algo em torno de 2% das receitas internas. Há maravilha melhor que o “padrão Fifa”?

Opa! Investimento em transportes? A realidade tem mostrado uma face cruel do transporte público: ônibus, trens e metrôs superlotados e desconfortáveis diariamente, tarifas caras, congestionamentos monstros; Polícias despreparadas para lidar com a grande massa, denúncias de corrupção, assassinatos, desaparecimentos; Falta de investimentos nas iniciativas populares e na cultura original popular, abandono dos espaços culturais e dos espaços públicos... E os investimentos na Saúde Pública e na Educação? O que falar dos casos diários de pacientes rolando em macas ou morrendo à míngua pelos corredores dos hospitais públicos? O que falar das escolas depredadas, sem infraestrutura? O que falar da péssima remuneração dos profissionais destes setores, quando... quanto é mesmo que ganha um vereador, um deputado, um senador, um juiz, promotor, zelador da Câmara, do Senado...? Descontentamentos gerais, greves...

E o histórico do superfaturamento das obras (Vila do Pan e nos estádios atuais), das lavagens de dinheiro e evasão de verbas públicas na CBF denunciadas pelo Ministério Público; e da incompetência na finalização de tais obras? E a derrubada do Viaduto da Perimetral, o sumiço de vigas gigantescas, sem que ninguém tenha visto, nem os satélites nem as câmeras de vigilância? E a 73ª posição mundial do Brasil no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) com cerca de 10% da população analfabeta; E o caos na infraestutura aérea?...
...???
20 bi de dinheiro público daria para mudar significativamente a qualidade de vida do país. Queira Deus que consigamos fazer golaços na nossa vida coletiva durante e pós Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016, para não virarmos mais uma olim-piada de mau gosto.
Com informações de planetasustentável.abril.com.br
Abraços!



Jornal Ícone 217 - Os desafios de ensinar quando não querem aprender!

André Pereira

O conhecimento, um item muito importante para a percepção humana no ambiente em que se vive. Um instrumento de defesa e ataque, de sobrevivência e existência, que não deveria ser negligenciado pelas novas gerações, que, seguidos de seus antecessores, sejam pais, amigos ou parentes, não estão alimentando o senso de curiosidade ou a alegria da descoberta.
O conhecimento abre portas, caminhos e a mente. É responsável por tirar a alma da escuridão e de dar asas aos nossos pensamentos e visões de mundo. Sem o conhecimento, todos acabam sendo manipulados a seguirem as massas e a não pensarem e nem questionarem.
Os desafios se mostram cada vez mais complicados. Jovens com seus celulares e fones de ouvidos em plena sala de aula e de conversas paralelas com a do educador, cientes de uma impunidade demasiada. Sem foco no futuro e sem vontade de guiarem-se rumo ao desconhecido na busca do conhecimento que os leve a um caminho de alegria e satisfação. Pessoas que não querem saber das maravilhas do conhecimento e de seus benefícios na vida profissional e pessoal.
Meu BRASIL deu uma ilusão de liberdade irresponsável aos jovens de hoje, fazendo-os achar que tudo é permitido e tudo é libertário, quando na verdade, são amarras as ilusões da vida que parece fácil e eterna e não vêem, em seus pais e avós, que o tempo é curto e passa mais rápido que acham. E chegar em um ponto sem conhecimento por ter negligenciado na infância, lamentando pelos erros do passado é o pior castigo que alguém impõe a si mesmo.
 A internet é um mar de informação e conhecimento, tudo disponível e de graça. Mas a juventude vai garimpando o lixo, o que não presta e o que nada agrega ao seu saber e a seu futuro. Sem saber que essa atitude os levará às lamentações da vida, quando é ele próprio o responsável pelos seus atos, quando na idade adulta e sem o tempo que tinha para ser feliz disponível para as mudanças de atitude.
Agora, a pergunta é: Qual o desafio de ensinar, quando os outros não querem aprender?
Talvez por meios que sigam a tendência desse novo tempo, ou, quem sabe, por meios variados com exemplos de derrotas e de conquistas e tentar mostrar caminhos já percorridos com resultados já sabidos, mas se o aprendiz for arrogante o suficiente para não escutar e não seguir, achando que com ele será diferente? Nesse caso, é lamentar os resultados já sabidos e esperar pela superação ou pela derrota.
Caberia a nós o dever de propor soluções ? Sim! Porém, é mais importante fazer com que as massas se arrependam de pararem de pensar e de questionar e trazê-las a um novo e, quem sabe, moderno pensamento. Quem sabe a uma reflexão do que queremos para a nossa nação. Fazer enxergar que não poderemos ser um país moderno sem ter a coragem de mudar nossos pensamentos manipulados para opinião própria de nossa própria existência nesse mundo e engajar o jovem na busca do saber e do questionar. Sei que isso é difícil e complicado, mas evitemos dar coisas que eles querem sem uma contrapartida compensatória. Por exemplo: Se um filho quer algo que está na moda e quer muito, ensine-o a conquistar com algo que ele não goste, como por exemplo, estudar. SIM! Desafie-o a conquistar o objeto dos desejos com notas, estudos e conhecimento e vá acrescentando mais desafios até perceber um interesse nesse desafio que o incumbiu de superar para ver se esse é o modelo que o faça sair do sistema podre dos dias de hoje que é entreter esses jovens nas coisas mais estúpidas do mundo. Será esse o desafio, ou eu que fiquei atrasado no tempo e não enxerguei que o tempo passou e tudo mudou? Não sei, é um desafio !
André Pereira da Silva


Jornal Ícone ed. 217 - É válido medir a impedância dos alto-falantes com o Ohmímetro?



 Waldyr Souto Maior


Caro amigos leitores, há muito tempo que me deparo com uma situação polêmica e, que gera até discussão entre os colegas de profissão: Será que podemos confiar na medição da impedância de alto-falantes efetuada com um ohmímetro analógico?
Bem, antes de responder que sim, teremos que relembrar alguns conceitos sobre impedância.

Podemos dizer que impedância é o somatório vetorial de todas as dificuldades oferecidas por um circuito à passagem da corrente elétrica. Essas dificuldades são: REATÂNCIA INDUTIVA, REATÂNCIA CAPACITIVA E RESISTÊNCIA ELÉTRICA.
Como a capacitância entre espirais numa bobina de alto-falante é muito baixa, a Reatância Capacitiva resulta num valor muito alto. Como ela equivale a uma capacitância em paralelo com o indutor, sua influência na impedância é desprezível.
Assim, para calcular a resistência do fio da bobina de um alto-falante de uma determinada impedância, podemos utilizar a fórmula apresentada na figura 01.

Uma bobina de alto-falante de 8 ohms possui uma indutância de aproximadamente 400 µH. Podemos então calcular sua reatância indutiva através da fórmula apresentada na figura 02.


Como a freqüência padrão para verificações de impedância é 1000 Hz temos:

 XL = 6.28 x 1000 x 0,000400 = 2,52 Ohm

Jogando tudo na fórmula da figura 01, encontramos um valor de resistência de 7,6 Ohm.Valor bem próximo da impedância, o que comprova que é válido sim, medir a resistência da bobina de um alto-falante para se ter uma ideia da sua impedância. Fiz o mesmo com um alto-falante de 4 Ohm e a resistência do fio resultou em 3,9 Ohm. A medição pode ser feita com o multímetro analógico ou digital.
    Se você é um técnico reparador com experiência em conserto de TV, entenda que os televisores modernos são também aparelhos eletrônicos, formados por componentes eletrônicos e baseados em conceitos eletrônicos elementares.
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Além do CURSO DE PROJETOS, a Esate possui cursos diversos nas áreas de Eletrônica e Informática, para especialização dos que estão ingressando agora na profissão e para aperfeiçoamento dos colegas que já são antigos na profissão: ELETRÔNICA ANALÓGICA E DIGITAL; PROJETO DE CIRCUTOS ELETRÔNICOS; INVESTIGAÇÃO DE DEFEITOS EM APARELHOS ELETRÔNICOS EM GERAL; CONSERTO DE AMPLIFICADORES E MESAS DE SOM; CONSERTO DE FONTES CHAVEADAS; CONSERTO DE TV DIGITAL, PLASMA, LCD e LED; OFICINA DE TV (SOMENTE PRÁTICA DE TV LCD e LED); COMPUTAÇÃO E INFORMÁTICA PARA TÉCNICOS; CONSERTO DE PC; CONSERTO DE MONITORES LCD; CONSERTO DE NOTEBOOK; CURSO DE COMPONENTES SMD; CONSERTO DE FORNOS DE MICROONDAS; CONSERTO DE BLUE RAY, DVD E HOME THEATER; ETC.
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As dicas, orientações, esquemas e materiais são solicitados via email e enviados via correios ou email. Quando uma peça não é encontrada nas lojas da sua cidade, procuramos para você no Rio ou em São Paulo. Quando um sócio precisa de uma placa tela, ou peça difícil, acionamos os demais sócios para localizar aquele que tem uma sucata do aparelho em questão.


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Você pode também acessar o nosso email: esate.asfeteb@ig.com.br ou, o nosso site: www.wix.com/novaasfeteb/esate para conhecer melhor nosso trabalho. E não deixe de se relacionar conosco também através do Facebook: Esate Asfeteb -http://www.facebook.com/profile.php?id=100003405630763, você estará em contacto com outros amigos da profissão em um ambiente agradável com muitas informações técnicas, vídeos e dicas. Fique com Deus!
Para falar conosco, ligue: (21) 2655 0312 ou, Claro: 97477 4498 ou, Oi: 98461 2689. Obrigado!

Waldyr Souto Maior é professor de eletrônica na ESATE, possui cursos no exterior, é autor de alguns livros técnicos e é vice-presidente da Asfeteb (Associação Federal dos Técnicos em Eletroeletrônica do Brasil: esate.asfeteb@ig.com.br).

Jornal Ícone, ed. 217 - Analisando Circuitos de Proteção

Paulo Roberto

Este artigo destina-se a trazer conhecimentos que possam ajudar o técnico reparador reduzir o tempo de pesquisa quando se depara com o circuito de proteção. Darei na sequencia informações relevantes para o conhecimento deste assunto.

PROTEÇÃO POR EXCESSO DE CORRENTE NO HORIZONTAL

O estágio de Deflexão Horizontal é o mais crítico nos aparelho de TV e monitores, pois o mesmo pode parar de funcionar devido a defeitos em outros circuitos do aparelho, fazendo com que o micro iniba o pulso do oscilador horizontal, caso a proteção esteja interligada ao ON CHIP. Para termos ainda um referencial de funcionamento e habituar o leitor a interpretar circuitos analisaremos o chassi U17 da Toshiba. Neste caso em questão o integrado Q801 da Toshiba é um UOC, ou seja, um integrado que incorpora as funções de micro e ON CHIP.

Excesso de corrente de consumo na alimentação DC de 113V ( fonte principal ) devido a Curto Circuito no transistor Q404 de saída horizontal, TSH (Transformador de Saída Horizontal) e periféricos, podem acionar tanto a proteção da fonte principal, como também a proteção no pino 1 do Q501 OVP (Over Protection). Este tipo de referência vale para qualquer aparelho já que o Fly-back gera fontes secundárias, que poderão apresentar curtos em suas linhas.


A tensão DC no pino 1 (over protection) do UOC Q501 deve situar-se entre (1,4Vdc e 1,7Vdc), se estiver abaixo ou acima destes valores o Q501 irá inibir o pulso do oscilador horizontal e o aparelho entrará em proteção. É importante averiguar o circuito formado por (R830, R831;RA16 e CA20) que fornece a tensão de referência para o pino 1 do Q501 , pois qualquer alteração no mesmo o aparelho entrará em proteção.

Outra situação encontrada é a monitoração pelo aumento de corrente horizontal através de módulos de proteção, onde quando se detecta este aumento de corrente o circuito de proteção desliga o aparelho para evitar a queima de componentes. Alguns aparelhos de TV de retroprojeção apresentam esta característica. Na figura 1 temos uma representação de um circuito que tem esta função.
Figura 1

Nesta figura encontramos:
Ø  Ponto de monitoração da corrente – Escolhido aleatoriamente, conforme necessidade do projetista
Ø  Linha de informação para o micro – Leva um nível de tensão para o pino do micro para identificar que a proteção foi acionada, desligando assim o aparelho.
Ø  Ponto 2 da proteção – É uma segunda linha de identificação da proteção que poderá ir para um segundo pino do micro, para o ON CHIP ou fonte, fazendo assim com que a atuação do circuito de proteção tenha uma eficiência maior.

Evidentemente a forma da proteção agir pode variar conforme projeto do fabricante, porém devemos estar habituados a identificar um circuito deste para sabermos agir de modo correto na manutenção.

PROTEÇÃO DE TELEVISORES TOSHIBA - CHASSIS; LEM 2 / LEM 3 / LEM 3A

Entrando em proteção
> Medir a tensão DC no pino 1 (over protection) do micro Q501 econstatar se esta entre (1,4Vdc e 1,7Vdc). Se incorreto realizar medidas de resistência ôhmica de R886 e R887
> Medir a tensão DC no pino 3 do regulador Q830 e verificar se é iguala 5,0 VDC. Se incorreto verificar circuito de D408 a Q830.
> Medir a tensão DC no pino 2 de Q301 e verificar se é igual a 27,0 VDC. Se incorreto efetuar medidas de resistência ôhmica em;Q470; R479; R470; R471


BURLANDO A PROTEÇÃO PELO FILAMENTO EXTERNO

Nos aparelhos de TV que possuem circuito de proteção, encontramos situações onde o aparelho é ligado e a seguir entra em stand-bysem que possamos identificar qual o circuito que está acionando a proteção. Também podemos ter o próprio circuito de proteção avariado, mas como o aparelho desliga antes de mostrar imagem não podemos nos referenciar onde realmente está o problema.

Para resolver este problema devemos seguir certos procedimentos ( figura 2 ) para agilizar nosso diagnóstico ou mostrar o caminho. O método que sepropõe consiste em ligar um filamento externo, ou seja, devemos deixar o filamento do tubo aceso antes do aparelho ser ligado. Faça o seguinte:
-          Abra a trilha ou desconecte a linha do filamento do tubo
-          Solde fios de uma fonte externa no filamento do tubo
-          Ligue a fonte externa mantendo o filamento aceso

-          Ligue o televisor e observe a imagem antes do aparelho desligar

Este macete tem a finalidade de identificarmos somente onde está o defeito, portanto após visualizarmos o circuito defeituoso devemos seguir os procedimentos normais de manutenção. Não devemos de esquecer também de reverter à modificação do filamento e manter a originalidade do circuito.




Figura 2- impresso do soquete


DESABILITANDO A PROTEÇÃO PELO MODO DE SERVIÇO

Outra maneira eficiente para desabilitar a proteção é a ativação do modo serviço. Nesta situação nem sempre teremos eficiência, pois dependemos que:

Ø  A proteção acionada possa ser desabilitada por esta operação
Ø  O software do aparelho aceite esta opção
Ø  O tempo de acionamento do código modo de serviço

O procedimento é simples para utilizarmos esta possibilidade.

1) Descubra o código de acesso ao modo de serviço
2) Posicione-se a frente do aparelho
3) Ligue o aparelho
4) Enquanto o aparelho está sendo ligado e antes da proteção ser acionada e desligue o aparelho, digite o código do modo de serviço

Se o leitor conseguiu acionar o código antes da proteção atuar, na tela será mostrado o menu de serviço e a imagem aparecerá mostrando assim o possível sintoma que está levando o aparelho ser desligado. Outro item a ser lembrado é que no menu da tela poderá apresentar algum código de erro que demonstre a falha, porém nem todos fabricantes disponibilizam esta possibilidade. No caso de aparelhos de som e DVD o display mostrará alguma opção do problema ou o já mencionado código de erro para que assim o leitor possa ter uma orientação de qual caminho a seguir na manutenção. Vale lembrar que o leitor deverá ter em mãos o manual de serviço do aparelho seja qual for o segmento da reparação. No manual constam todos os códigos de erro e operação, assim como o reset ou como reiniciar o aparelho. Estas situações de reiniciar ou resetar o aparelho servem para retornar os aparelhos para o padrão de fábrica, o que em algumas situações normaliza o funcionamento do mesmo.

 Para aqueles que acharam este artigo interessante convido para meu novo Treinamento sobre este tema: Conhecendo e Entendendo Circuitos de Proteção que está sendo realizado na Av. Marechal Floriano 151 / 1 andar com reservas de vagas através do 25973368 e 996780087 ou treinamentosbte@gmail.com

Paulo Roberto é Pedagogo e técnico em Eletrônica e Mecatrônica com especialização em Instrumentação Industrial. É autor de vários livros técnicos e editor do Boletim Técnico distribuído de forma gratuita pelo boletimtecnicorj@gmail.com. Paulo Roberto é Instrutor e palestrante com mais de 25 anos experiência em eletrônica. 

Jornal Ícone ed. 217 - Primeiras impressões sobre o TV OLED!


Fernando José

Este artigo é dirigido aos amigos técnicos que sempre estão em busca de informações sobre as novas tecnologias e em especial aos “urubulinos” de plantão (não estou me referindo aos torcedores do Flamengo, cujo símbolo é um Urubu e sim aos que vivem por aí bradando em alto e bom som que tudo está acabado na manutenção dos TV’s porque o TV OLED só tem a tela e o fio da tomada) (aliás, na Bíblia, no Velho Testamento se explica bem o porque de certas pessoas terem de ficar bradando seus desejos em alto e bom tom. É porque nem elas acreditam no que estão falando e acham que se falarem bem alto podem se convencer que é verdade)!
Para estes, tenho de dar a triste notícia que tem mais algumas coisas além da tela e do fio da tomada em um TV OLED, mas como para eles tudo está acabado, acho melhor nem lerem até o final pois vão gastar as letras do jornal!
Já para aqueles que têm a eletrônica como paixão e profissão, sigam a leitura que, mesmo ainda sendo informações iniciais, juntando ao conteúdo que temos desenvolvido (falei “temos” porque não se faz as coisas sozinho e, muito do que sabemos hoje sobre a reparação dos TV’s LCD, LCD LED e PLASMA, vêm da colaboração de vocês leitores que prestigiando o nosso trabalho à frente do Clube do Técnico – RJ, têm nos dado incentivo a correr atrás de novas informações e adaptá-las às necessidades do técnico brasileiro), já podemos ter alguns vislumbres do que teremos pela frente em relação à manutenção desses equipamentos em um futuro não muito distante, principalmente quando modelos de menor tamanho de tela do que os atuais 55 e 84 polegadas chegarem ao mercado brasileiro, trazendo uma redução do preço deste tipo de TV e assim aumentando a participação dela no mercado!
Desde já é bom frisar que os modelos colocados em nosso mercado atualmente, são os “TOP TOP” de linha, com valores entre R$25.000,00 para o menor modelo e de menor número de funções, até os R$55.000,00 para o de 84 polegadas, 3D, SMART TV!
Uma observação importante em relação aos recursos desses equipamentos é que, pelo menos no momento, ainda não temos modelos nacionais de TV’s OLED na versão 4K.
Todos os modelos disponíveis em nosso mercado são FULL HD, reproduzindo até 1080p (1080 linhas progressivas para formar a imagem)!

Então, embora a LG tenha no mercado TV’s LCD LED com resolução 4K, estes OLED ainda não possuem esta tecnologia incorporada aos mesmos!
As informações que vou passar foram obtidas no treinamento que a LG realizou aqui no Rio de Janeiro nos dias 24 e 25 de Março, no qual estive presente representando a Eletrônica Xavantes que é uma das empresas onde presto serviço como técnico!
Devo citar aqui a alta qualidade do treinamento ministrado pelo Instrutor Antônio Mendes, que nos passou inúmeras informações bastante relevantes para facilitar o dia a dia do técnico, na reparação não só dos TV’s OLED, como também dos TV’s LCD, LCD LED e PLASMA que ainda serão por um bom tempo os carros chefes no setor de imagem!

Bem, como primeira impressão do TV OLED, podemos citar a qualidade de imagem do mesmo, que é superior a um TV de PLASMA!
Um detalhe que chamou a atenção, foi o consumo do TV que lá nos foi mostrado que era um 55 polegadas e que apresenta um consumo de 257W total.
A meu ver (e acredito que no de vocês também) é um pouco acima das nossas expectativas, já que um LCD LED destas mesmas polegadas não chega a este valor!
Um ponto bem positivo destes TV’s é que a tela produz muito menos calor que as telas LCD e PLASMA, o que pode indicar que teremos menos problemas relacionados com a tela do TV, o que tem sido uma grande dor de cabeça atualmente, pois quando se chega ao diagnóstico que a tela do TV está defeituosa, em 99% dos casos, o TV vai virar sucata, pelo alto valor de um painel para troca!
Isso na verdade só o tempo vai dizer!!!!
Ao lado temos o TV que foi utilizado com tema do treinamento do qual participei:

Na sequência, o momento da entrega dos certificados onde vemos (eu obviamente) junto ao instrutor da LG, Antônio Mendes!

Voltando ao TV propriamente dito, uma informação importantíssima para aqueles que por ventura sejam chamados pelos seus clientes para efetuar a instalação de um TV desses;
O cliente quando adquire um TV OLED LG, já comprou a mesma com a instalação inclusa (item que provavelmente o vendedor vai omitir)!
Se você, que não é técnico de um posto LG, for chamado pelo seu cliente para instalar a TV OLED LG de 84 polegadas que ele comprou, porque ele só confia nos seus serviços, não seja olho grande e mantenha essa confiança, informando ao cliente que:
Caso o TV seja removido da embalagem por pessoal não autorizado e o mesmo (o TV) apresente algum tipo de problema, o mesmo passou a estar fora da garantia, já que a embalagem foi violada!
Então, informe o cliente o fato e diga a ele que o correto será solicitar a visita de um posto autorizado para realizar a instalação, e que caso o cliente deseje, você pode estar lá no dia e hora marcadas pelo posto, e acompanhar a instalação junto com o cliente (você vai aprender alguma coisa sobre o funcionamento do TV e ainda vai ganhar uma taxa de deslocamento técnico para isso)!
Outro detalhe muito importante é que este modelo de tela curva e pedestal de acrílico, não possui a opção de ser instalado na parede!
O mesmo não possui as furações traseiras que permitem nos LCD, LCD LED e PLASMA, serem instalado em suportes específicos para fixação nas paredes!
Caso o cliente queira um TV OLED (pelo menos esses da LG, no momento) terá de optar pelo modelo de tela reta que possui uma moldura para instalação na parede!
E vejam que este modelo para instalar na parede, só pode ser instalado desta forma, não sendo possível a instalação deste modelo sobre uma mesa, por exemplo!
Coisas de coreano com certeza!!!!
Na foto abaixo, vemos a moldura que no caso, é onde ficam os alto falantes e até o fio da tomada do TV e na foto da sequência, temos o suporte articulado que faz parte deste conjunto para a instalação do TV:



Sobre as entranhas do TV OLED, que é uma coisa que sei que todos estão querendo saber, posso dizer que possui exatamente tudo que já estamos nos acostumando a ver em um TV LCD, LCD LED ou PLASMA.
Temos uma Pci de fonte (que inclusive é a mesma da linha LV e LW de TV’s LCD LED LG), a MAIN UNIT idêntica às que hoje temos e a T-CON que apresenta a mesma função, que é receber os sinais LVDS vindos da MAIN  UNIT e gera os sinais RSDS que são enviados a tela para gerar a imagem propriamente dita.  
 Um detalhe que vai diferenciar os TV’s LCD LED dos OLED é que o circuito responsável por gerar a tensão necessária à iluminação da tela, que popularmente conhecemos com INVERTER, mesmo nos TV’s com BACKLIGHT de LED, não mais fica na Pci da FONTE e sim na T-CON!
Esta distribuição das placas dentro do TV pode ser vista na próxima foto:


Visto que as etapas existentes na estrutura de um TV OLED é exatamente a mesma que já estamos começando a dominar, não fica muito difícil entender que as falhas que irão surgir, serão basicamente as mesmas que já vemos há alguns anos nos TV’s LCD, LCD LED e PLASMA!
É claro que em relação a falhas na tela, ainda não temos muito ou praticamente nada a falar sobre falhas, pois só o tempo de uso em domicílio é que vai mostrar as falhas reais destes novos TV’s!
Um detalhe que podemos dizer é que nas telas desses novos OLED da LG, temos 4 pixel’s ao invés dos 3 que estamos acostumados.
Nessas telas, temos o pixel “R”, o “G”, o “B” e o “W” (pixel branco, White)!
Isso segundo os engenheiros proporciona um aumento no contraste da imagem e, consequentemente, a sua qualidade!
Bem, amigos, por enquanto isso foi uma breve explanação sobre este novo televisor que está entrando em nosso mercado e que, provavelmente, em breve vai aparecer em nossas bancadas para serem reparados!
Enquanto eles não chegam, vamos nos distraindo com os LCD, LCD LED e PLASMA que estão por aí e para ajudar a tirar algumas dúvidas que persistem sobre “Quando e Como” fazer uma ATUALIZAÇÃO de SOFTWARE, consulte o o Clube do Técnico 
Mais informações podem ser obtidas através de nossos e-mail’s que são:
clubedotecnico@gmail.com ou clubedotecnicorj@gmail.com
E também pelo SKYPE que é: clubedotecnico@live.com
E não deixe de visitar nosso site em http://clubedotecnicorj-pro-br7.webnode.pt/
E venha fazer parte da nossa comunidade virtual no FACEBOOK.
Procure a comunidade do Clube do Técnico – RJ e venha se juntar a nós!
Fale com a gente também por telefone de todas as operadoras:
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IMPORTANTE:

Para aqueles que desejam aprimorar seus conhecimentos sobre o trabalho com os componentes SMD ou que querem aprender a dessoldar e soldar os mesmos, utilizando as várias técnicas existentes, o Clube do Técnico – RJ vai realizar em breve uma aula extra para uma quantidade limitada de alunos, onde vamos mostrar como fazer e os participantes “vão fazer” o processo de retirada e de soldagem desses componentes, utilizando as ferramentas necessárias ao correto trabalho com estes componentes!
Aviso que esta turma será uma turma extra e, por este motivo, só será possível marcar a data deste evento, quando todas as vagas estiverem preenchidas e devidamente pagas, pois estaremos locando o espaço neste dia especificamente para esta finalidade, fora de nosso calendário já agendado no local!
Os interessados devem entrar em contato pelos mesmos canais já citados acima para pegarem as informações de como proceder para realizar o pagamento da taxa de inscrição!
Prestigiem a literatura técnica nacional, adquirindo os livros do Clube do Técnico – RJ, à venda na TECHNO AV (Icaraí e Cascadura), Livraria Vitória, FABITEC (Alcântara) e também pelos e-mail’s do Clube!
Veja abaixo os livros da coleção:



Eles estão todos à venda no formato impresso e encadernados em espiral para facilitar o manuseio sem deixar que a capa e as páginas acabem se amassando ou rasgando devido às dobras que ocorrem em outros tipos de encadernação!
Todos os títulos também estão disponíveis em formato E-BOOK que é o formato do livro eletrônico em PDF.
Encerramos agradecendo aos 78 alunos presentes em nosso evento do mês de Abril onde abordamos Dicas e Macetes de Reparação das Fontes dos TV’s LCD, LCD LED e PLASMA das marcas SAMSUNG, AOC, H BUSTER, CCE e SONY.
Este foi mais um sucesso do Clube do Técnico – RJ que só se torna possível pela presença de vocês alunos, leitores e amigos!
O meu muito obrigado a todos vocês!!!!!



Fernando José é Técnico de Eletrônica e atua no setor de manutenção de equipamentos eletro eletrônicos há mais de 34 anos e a mais de 28 é também atuante como instrutor, já tendo trabalhado no Curso Lumiertz de Rádio de TV, ASAERJ e FAETEC. Atualmente é Instrutor e Diretor do Clube do Técnico – RJ.
É autor de vários livros técnicos voltados ao segmento de reparação e da revista técnica “Clube do Técnico em Revista” que é enviada aos assinantes em formato digital e do boletim técnico do Clube do Técnico – RJ que pode ser encontrado nas lojas de eletrônica do Rio de Janeiro!

Jornal Ícone ed. 217 - Por que técnico em eletrônica precisa saber eletrônica?


Paulo Brites

Como assim, então é possível exercer a profissão de técnico em “alguma coisa” sem saber essa “coisa”?
Seria o mesmo que perguntar se para ser motorista precisa saber dirigir.
Bem precisar até que precisa, mas tem muita gente por aí que é motorista (e às vezes, até “profissional”) e não sabe dirigir.
Mas está é outra questão. Voltemos à eletrônica e ao técnico.
Basta passar alguns minutos navegando pelos fóruns que qualquer um vai constatar o que estou dizendo, ou melhor, afirmando.
Não me refiro aquele tipo de “técnico trocador de peça até ver se funciona” e sim ao que sabe o que como cada componente passivo funciona, como um transistor bipolar funciona, como um fet, funciona e por ai vai.

Conhecida esta parte denominada “eletricidade e eletrônica básica” o sujeito começa a ficar apto a entender os circuitos básicos.
Mas onde estudar e aprender estas coisas?
Quase sempre, quando estou ministrando algum curso, alguns alunos perguntam: - quanto tempo leva uma pessoa para aprender eletrônica e se tornar técnico?
Minha resposta é: no meu caso eu levei 4 anos mais 69!
Isso mesmo. Quatro anos foram na escola e mais a vida da toda.
Salvo o exagero, o que quero dizer é que não dá pra parar de estudar, porque como eu tenho dito “a fila anda”.
Mas, os quatro anos acadêmicos fizeram diferença no resto da minha vida.
Não dá pra construir um prédio firme se os pilares não forem bem feitos.
Há aqueles, e não são poucos, exercendo a profissão, e eu diria ilegalmente, que dizem que teoria é coisa pra engenheiro, porque na prática o que conta é a prática.
Contesto esta premissa veementemente. Se você tem uma boa formação teórica e “jeito” para o negócio a prática vem rápido, mas ao contrário jamais.

Com uma boa formação teórica o técnico será capaz de tirar conclusões, fazer experimentos mentais e colocá-los em prática rapidamente.
Entretanto, só com a prática e sem saber o que está fazendo, no primeiro momento que a coisa sair do corriqueiro o sujeito corre para os fóruns pra pedir dicas.
Alguém ai já pegou esse defeito? Me ajuda aí pelo amor de Deus que o cliente tá querendo me matar!
É ou não é assim?

O cara comprou um multímetro no trem, uma chave de fenda, um ferro de solda de “10 real” e colocou uma placa na porta do barraco: ConCerta-se tudo (isso mesmo com C).
Agora sai correndo para os fóruns para pedir ajuda, ou melhor, pra perguntar qual a “peça quem tem que trocar” e talvez ainda pergunte como é essa peSSa? Dá pra mandar uma foto?
Não sou contra trocar ideias com colegas de profissão, mas descrevendo todo o caminho que já foi percorrido, justificando porque chegou àquelas conclusões, enfim mostrando que já esgotou o seu arsenal de conceitos, mas alguma coisa ainda não foi percebida. Faltou o “bingo”! Como eu não pensei nisto antes.
Infelizmente, hoje no Brasil, pelo menos no Rio de Janeiro, está difícil encontrar bons cursos. Não estou dizendo que não tenha, mas vai ter que procurar com uma lupa (e das boas).
Está tudo sendo nivelado por baixo e os alunos cada vez mais exigentes.
Isso mesmo, “mais exigentes” para que o professor não “cobre” muito, ou seja, não ensine muito e deixem eles passarem.
Não faz muito tempo arranjei uma encrenca com alguns alunos num curso técnico porque eu estava exigindo muito. Imagina querer que eles soubessem fazer conta de dividir com a calculadora! Isso no nível médio. Que absurdo! Tá pensado que isso aqui é curso de engenharia!
Estão achando engraçado, mas é isso que rola por aí.

É claro que tem gente que está querendo o melhor, está querendo realmente aprender, mas acaba sendo atropelada por uma minoria, que, paradoxalmente, embora sendo minoria na sala de aula acaba tendo mais força e sendo vencida pela turma que quer o diploma e o CREA (é claro). E as escolas precisam faturar para pagar as contas (e ter lucro).
Já tive orgulho ter o CREA. Hoje nem tanto, qualquer um pode conseguir.
Se você pretende ser técnico autônomo vai ter que saber o que está fazendo. Agora, se é para trabalhar como terceirizado numa empresa como puxador de cabo, trocador de placa e etc., então dá pra ir empurrando com a barriga e fazendo o mínimo necessário na base da receita de bolo (mas não bota recheio que complica). Contanto que tenha o CREA!
Se por um lado a oferta de bons cursos presenciais está cada vez menor, por outro lado temos a Internet para ajudar.

Se o interesse é conhecimento e não o diploma, tem muita coisa boa na rede. Dá mais trabalho e exige mais disciplina e esforço, mas pode ser a saída até para quem tem dificuldade com horário e tem vontade de aprender.
Uma das propostas do meu site, num futuro próximo, é produzir material sobre eletricidade básica, eletrônica e matemática.
Em principio a ideia não é apresentar um curso formal, mas conhecimentos básicos de uma forma bem didática que embora trate de conceitos e teoria tenha sempre um vínculo com a aplicação prática.
Este é o meu projeto para breve.
Fique de olho, siga o blog www.paulobrites.com.br e curta a minha fanpage www.facebook.com/profpaulobrites.
Até sempre.