terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Jornal Ícone - Ed. 203/Jan/2013 - Programa faz conversão de filmes 3D para TVs que dispensam óculos


Questões comerciais

Já existem vários protótipos de TVs 3D que dispensam os óculos especiais.
Por estranho que possa parecer, o maior entrave para que essas novas tecnologias passem dos laboratórios para as lojas não é técnico, é comercial.
Os estúdios e produtoras só há pouco começaram a migrar seus equipamentos para criar conteúdos para a tecnologia 3D atual - com óculos - e não estão muito inclinados a abrir mão desse investimento para começar tudo de novo.
Sobretudo na desconfiança de uma ou outra tecnologia que ainda não se firmou no mercado.

Telas autoestereoscópicas

Mas talvez esse problema possa ser contornado mais facilmente sem mexer no bolso de ninguém.
Foi o que demonstraram engenheiros do Instituto Heinrich-Hertz, na Alemanha.
Christian Riechert e seus colegas criaram um programa que consegue converter, em tempo real, o conteúdo criado para as TVs 3D atuais para que ele possa ser exibido nas novas telas autoestereoscópicas - que dispensam os óculos.
Os filmes em 3D disponíveis atualmente em Blu-ray são baseados em duas perspectivas diferentes, ou seja, em duas imagens, uma para cada olho.
Entretanto, as telas autoestereoscópicas precisam de cinco a 10 visualizações da mesma cena. No futuro, esse número provavelmente será ainda maior.
Isto porque estas telas precisam apresentar uma imagem tridimensional de tal maneira que ela possa ser vista com a mesma qualidade de ângulos diferentes, qualquer que seja o lugar no sofá onde você está sentado.

Conversor de filmes 3D

"Nós pegamos as duas imagens e geramos um mapa de profundidade, ou seja, um mapa que atribui uma determinada distância da câmera para cada objeto," explica Riechert.
"A partir daí, calculamos todos os pontos de vista intermediários aplicando técnicas de renderização. E aqui está a coisa verdadeiramente interessante: o processo funciona de forma totalmente automatizada, e em tempo real," completou.
É como uma tradução simultânea: o usuário insere seu Blu-ray 3D comum no aparelho, senta-se e pode desfrutar de todos os benefícios da última tecnologia 3D, sem precisar esperar uma nova versão do filme.
Os pesquisadores já terminaram o software que faz a conversão dos dados. Agora eles estão trabalhando em colaboração com parceiros da indústria para inserir o programa em um hardware específico, de modo que ele possa ser integrado nos televisores.
Fonte: Site Inovação Tecnológica

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