quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
Jornal Ícone - ed. 223 - Precisamos mudar os rumos do nosso "circo"!
Carlos Dei
“Raiou a
madrugada, pai sol mandou me avisar, que é dia lindo na Serra do Jequitibá...”
Verso de um clássico samba do meu amigo/irmão de infância, Marcelo Sanjuan
Ganem, falando do ícone e das belezas da nossa terra, Buerarema (BA), um pé de
jequitibá, que ficava no alto de uma serra e sempre alimentou a nossa
imaginação de crianças à espera de um novo dia, novas aventuras, novos
desafios.
Raiou a
madrugada e os primeiros passos de 2015 correm a passos largos, embalados pelos
ensaios de escolas de samba à espera de um disputado título carnavalesco. Raiou
a madrugada tecnológica e físicos australianos conseguem pela primeira vez
manter dados quânticos gravados acessíveis por seis horas em um disco rígido
quântico.
Novos/velhos
presidentes tomam posse, com seus novos/velhos discursos, cercados de
novos/velhos políticos que prometem melhorar a eficiência do país. País esse
que registra em 19,81 milhões de assinantes de TV paga em novembro/14, serviço
prestado por diferentes tecnologias, sejam meios físicos confinados, como TV a
cabo – TVC e Fiber to the Home – FTTH; utilização de espectro radioelétrico em
micro-ondas; por satélite, etc; mas que segue com baixos índices de melhoria da
condição de vida da população, dos serviços básicos de educação, saúde,
transporte e habitação, mesmo tendo condições tecnológicas extremas nas
diversas áreas de atividades, mesmo tendo recursos mis (que entram sempre na
sangria desatada da corrupção, velha conhecida de todos).
País esse
em que, mesmo com acesso a tecnologias de ponta (por sinal, deslavadamente com
os serviços mais caros do mundo), grande parte da população permanece numa
profunda e “cega” ignorância, tantas vezes por opção, fruto da eterna preguiça
macunaíma, subornando o policial ou o guarda com qualquer “merreca”, para não
ser multado, quando numa infração de trânsito, por exemplo, e, depois, reclama
de que as coisas não são corretas, de que os políticos são corruptos, etc, etc,
etc, como verdadeiro “admirável gado novo”.
Raiou um
novo ano, nova possiblidade de lançarmos mão de toda a tecnologia disponível,
arregaçarmos as mangas e fazermos valer nossa criatividade, nossa
inventividade, nossa vontade e tentarmos mudar os rumos do nosso “circo”, para
que todos possam sorrir e não só alguns.
Abraços!
Jornal Ícone - ed. 223 - CNC, parte final
André Pereira
Olá nobres leitores, acho que
finalizo aqui mais uma parte sobre CNC, e que tenha servido de inspiração para
quem for comprar ou montar sua máquina para furar suas placas ou vincar PCBs.
Uma das coisas mais legais na
vida é o conhecimento, principalmente o conhecimento científico, que permitiu o
surgimento de inúmeras facilidades na vida cotidiana do ser humano em geral e
uma delas é o uso da física, da matemática e inúmeros outros meios no
desenvolvimento de tecnologias que permitiram a nós, simples humanos,
evoluirmos.
Neste artigo quero comunicar
que ando trabalhando em um projeto de software para controle de máquinas CNC de
qualquer porte. Inicialmente para máquinas com controle GRBL (
http://bengler.no/grbl ) e depois partir para controle por porta serial e
paralela. O projeto é meu e será em português, podendo ser multi-idiomas,
depois de ficar conhecido. Tenho a figura a seguir para mostrar como ficou
parte do programa para se ter uma ideia :
Existem inúmeros outros programas, mas quase nenhum em português e decidi criar um na nossa língua em linguagem de programação Python, que é utilizada em muitas atividades de programação na área da física, da matemática e eletrônica e até penso em escrever um livro ensinando Python para uso em eletrônica.
Espero ter alcançado o anseio
de alguns e inspirado outros. Ao amigo Marconi do museu do Rádio, um grande
abraço e obrigado por me retornar com conselhos e comentários. Obrigado ainda
por ler tudo que escrevo. Espero um dia poder lhe visitar e conhecer seu museu.
Aos demais leitores, estou à disposição para dúvidas, críticas e sugestões.
Qualquer coisa, podem me
contatar pelo e-mail andrepereira@ig.com.br ou cleapstech@gmail.com.
Muito obrigado a todos e até o
próximo tema, que acredito ser sobre programação Python para eletrônica. Estou
trabalhando nisso e quero ver se coloco exemplos para o pessoal poder brincar
em casa e ir se familiarizando com programação com eletrônica.
Obrigado a todos!
Jornal Ícone - ed. 223 - Os Eletrolíticos e os seus defeitos intrigantes nos Televisores Modernos
Waldyr Souto
Os capacitores
eletrolíticos, apesar do seus princípios tão simples de funcionamento e
formação física, são os maiores causadores de defeitos confusos e intrigantes, que
podem levar o técnico a conclusões desastrosas sobre a localização de defeitos nos
modernos televisores de Plasma, LCD e LED.
Na minha matéria deste mês,
o leitor conhecerá os principais motivos das anormalidades apresentadas pelos
capacitores eletrolíticos e como fazer algumas medições dos parâmetros mais
importantes relacionados com os mesmos.
Os capacitores eletrolíticos
se utilizam, na maioria das vezes, de placas de papel alumínio e dielétrico de
óleo eletrolítico com espessura bem fina, o que permite capacitâncias mais
altas com tamanhos bem menores.
O dielétrico é isolado por
uma camada finíssima de óxido que se forma sobre o papel alumínio, em função de
um processo eletroquímico. O papel alumínio é enrolado entre outro tipo de
papel embebido com óleo eletrolítico. Veja a figura 01.
Quando a camada de óxido se
rompe, o capacitor apresenta fuga ou curto.
Todo capacitor apresenta uma
resistência interna, conhecida por ESR que atua como se fosse um resistor em
série com ele. Observe a figura 02.
Quando o capacitor está
novo, essa resistência apresenta-se com valor muito baixo ( Próximo de zero)
não causando problema para o funcionamento do mesmo. Quando o capacitor
envelhece, esta resistência aumenta de valor, interferindo na boa atuação dele.
O envelhecimento do capacitor seca também o óleo eletrolítico, causando queda
na sua capacitância.
Uma simples fuga, elevação
da ESR ou pequena queda na capacitância já causam sintomas confusos e
intrigantes nos aparelhos eletrônicos como: Ripple elevado, travamento ou mal
funcionamento do micro, ativação da proteção, zumbidos e ruídos desagradáveis,
intermitência de vários tipos, como: “só funciona bem depois que aquece ou
quando está frio”, etc.
A sensibilidade ao calor
acontece devido ao fato dos eletrodos assumirem uma superfície irregular,
perdendo contacto com o óleo eletrolítico em alguns pontos, principalmente, ao
envelhecerem, reduzindo assim o valor da capacitância e aumentando o valor da
ESR.
Com o aumento da ESR e o
aparelho ligado por algum tempo, a temperatura interna do capacitor aumenta, o
que faz com que o óleo eletrolítico fique mais fino, voltando a ter contacto
com muitos pontos dos eletrodos, fazendo o capacitor elevar novamente a sua
capacitância, melhorando o funcionamento do aparelho depois de algum tempo
ligado.
Por outro lado, o calor no
interior do capacitor provoca elevação da fuga, o que pode fazer com que o
aparelho apresente outros tipos de defeitos após funcionar por algum tempo.
Quando o aparelho permanece
funcionando por muito tempo neste processo, o calor acaba escurecendo seu
corpo, encolhendo a sua capa de plástico ou causando o estufamento da sua
carcaça.
Verificação de Ripple:
Um dos defeitos que afeta
bastante os aparelhos modernos de TV é o Ripple excessivo nas linhas de
alimentação.
É bom lembrar que, nem
sempre, os capacitores podem ser avaliados a olho, nem sempre estufam, nem
sempre enrugam a capa e nem sempre ficam enegrecidos. O Osciloscópio pode ser
usado para medir o RIPPLE e levantar uma suspeita sobre um determinado capacitor
antes mesmo de ele ser retirado do circuito.
Sabemos que o Ripple é uma
ondulação sobreposta à tensão DC causada pela perda de capacitância ou elevação
da ESR dos eletrolíticos de filtro.
O Ripple é avaliado pelo
percentual de ondulação, sobre a tensão nominal da fonte, ou seja, o valor da
ondulação dividido pelo valor da tensão nominal da fonte. Ex: Se a voltagem da
fonte é 12 volts e a ondulação (ripple) presente sobre essa voltagem é de 0,12
volt, o percentual de ripple será:
RIPPLE = 0,12/12 = 0,01volt
(Um centésimo), ou seja: RIPPLE = 1 % (Veja a figura 3)
Este valor pode ser
considerado alto para qualquer fonte secundária, já que o percentual de Ripple
nessas linhas está abaixo de 0,1% e na linha de alimentação do micro está abaixo
de 0,01%
Por outro lado, o Ripple na
tensão maior, no primário da fonte, ultrapassa os 5% em situação normal.
A verificação pode ser feita
com osciloscópio analógico ou digital de qualquer frequência de sensibilidade. Para
fazer essa verificação, precisamos colocar a entrada do osciloscópio no modo AC
(Acoplamento capacitivo). Em seguida, é
só aplicar a ponteira sobre cada capacitor suspeito com o televisor ligado.
Onde o Ripple se manifestar com
valor mais alto que o esperado, indica que há um capacitor com problema. Daí é
só retirar o tal capacitor para troca.
Atenção! Para fazer a
medição no primário da fonte ou no PFC precisamos ter dois cuidados:
1º - No primário, a ponteira
negativa do osciloscópio deve ser fixada no negativo do capacitor do primário,
e não no terra geral do aparelho;
2º - Conferir qual a tensão
máxima permitida na entrada do osciloscópio. A maioria dos osciloscópios admite
tensões máximas em torno de 250 volts e nas fontes com PFC as voltagens
ultrapassam os 300 volts. Neste caso, utilize uma ponteira atenuada X10.
Verificação de fuga e
curto:
Para teste de fuga, o
capacitor deve estar com, pelo menos, um terminal desligado da placa.
Descarregue o capacitor e aplique um ohmímetro analógico na escala de RX10 K
entre os seus terminais, cuidando para que a ponteira que representa o pólo
negativo das pilhas esteja no menos do capacitor (Na maioria dos multímetros, é
a ponteira vermelha que representa o pólo negativo das pilhas). O ponteiro
deflexionará até o fundo da escala e retornará vagarosamente até a indicação de
infinito. Se o valor do capacitor for muito alto e o ponteiro demorar muito pra
retornar, use a escala de RX1K.
Se o ponteiro parar no meio
do curso, antes de chegar a infinito, é porque o capacitor está com fuga. Se o
ponteiro parar no fundo da escala (Zero Ohm), é sinal que o capacitor está em
curto. Lembre-se que, com as ponteiras invertidas é normal o capacitor
apresentar fuga.
Verificação da
capacitância
A melhor maneira de checar a
capacitância de um capacitor é utilizando-se de um capacímetro. Retire o
capacitor da placa ou, remova a solda de, pelo menos, um terminal do mesmo.
Descarregue o capacitor e
aplique as ponteiras do capacímetro nos terminais do mesmo. A capacitância
deverá estar acima do valor especificado no corpo do capacitor. Valores iguais
ou abaixo do indicado no seu corpo, levam à suspeita de problema, e
aconselha-se substituir o capacitor.
Verificação da ESR:
Essa resistência é
geralmente muito baixa quando o capacitor é novo e de boa qualidade, na ordem
de milésimos do ohm. Em um capacitor ideal, essa resistência seria de 0 Ω .
Acontece que, quando o
capacitor vai envelhecendo, o valor dessa resistência vai aumentando, numa
velocidade, que varia em função do regime de funcionamento e da qualidade do
capacitor, causando um mau funcionamento, principalmente em circuitos de altas
frequências, como é o caso de fontes chaveadas. Em determinados capacitores,
uma ESR próxima de 2 Ω pode desarmar uma fonte ou permitir que um determinado
circuito do aparelho pare de funcionar.
A ESR é um mal invisível,
que age silenciosamente, já que não pode ser medida diretamente, nem com um
capacímetro, nem com um multímetro. Somente quando essa resistência chega a
valores muito altos, o calor interno acaba, estufando ou encolhendo a capa do
capacitor, tornando o problema visível. Quantas vezes você já testou um
capacitor suspeito, o qual se apresentou como bom e, ao trocá-lo, o aparelho
voltou a funcionar?
O método a seguir permite
verificar a ESR dos capacitores suspeitos com uso do osciloscópio, sem
retirá-los do circuito, podendo-se verificar a ESR de quaisquer valores de
capacitores com capacitâncias acima de 4,7 µF.
O procedimento se resume em
aplicar no capacitor, uma frequência de 120 Khz em série com um resistor de 4,7
Ω e medir a tensão sobre o capacitor. Veja na figura 4.
Como a reatância capacitiva
de um capacitor de 4,7 µF a essa frequência é de 0,28 Ω, a tensão sobre ele
será muito baixa caso ele esteja bom.
Com capacitores superiores a
22 µF, a reatância se torna desprezível, inferior a 0,06 Ω, o que resulta numa
tensão de quase 0 volt sobre ele.
Isso significa que, quanto
maior for a tensão apresentada pelo osciloscópio, maior será a ESR do
capacitor.
Na tabela da figura 5
podemos ver o valor aproximado da ESR a partir do valor da tensão lido na tela
do osciloscópio. Valores de ESR superiores a 2 Ω indicam capacitores ruins que
estão causando defeito no aparelho ou que vão apresentar problema em breve.
Fig. 5
OBS: A tabela
foi construída considerando-se um capacitor de 22 µF. Para outros valores de
capacitância, os resultados serão aproximados.
Se você gostou deste artigo,
não deixe de fazer o curso de investigação de defeitos com Osciloscópio em
televisores de Plasma, LCD e LED na Esate, onde estarei abordando estes e
outros assuntos com aprofundamento.
A
partir de fevereiro a Esate estará com uma bateria renovada de cursos revisados
e atualizados nas áreas de Computação, Eletrônica, Componentes SMD,Televisores
modernos, Mesas de Som, Monitores, Blu Ray, Aparelhos de Som modernos, Fornos
de Microondas, Projetos, Filmagem Fotografia e Edição de imagem, vídeo e som.
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em contacto comigo e com outros amigos da profissão.
Mais
detalhes, ligue para (21)2655 0312.
Waldyr Souto Maior é professor de eletrônica na
ESATE, possui cursos no exterior, é autor de alguns livros técnicos e é
vice-presidente da Asfeteb (Associação Federal dos Técnicos em Eletroeletrônica
do Brasil: esate.asfeteb@ig.com.br)
Jornal Ícone - ed. 223 - Conhecendo códigos de componentes SMD
Paulo Roberto
Este artigo tem a finalidade
de levar ao leitor código de componentes SMD, pois com o avanço da tecnologia
estes componentes passaram a predominar as placas dos diversos aparelhos.
Alguns podemos até saber seu valor em função dos antigos códigos de leitura,
porém outros não obedecem estas nomenclaturas anteriores.
1) Converter os números para
escala de microfarad utilizando a redução dos valores em zero ( picofarad ).
2) Utilizar o valor da tabela
como referência de tensão;
RESISTORES COM 4 NÚMEROS
UTILIZAM A MESMA CODIFICAÇÃO DE RESISTORES NORMAIS COM 5 FAIXAS
CÓDIGO DE CAPACITORES
CODIFICAÇÃO
Utilizando a tabela para
identificar valores
OBS:
Quando há duas letras
desconsiderar a primeira, pois esta representa o fabricante. Os números
representam fator de multiplicação de zeros.
Paulo Roberto dos Santos é
Técnico em Eletrônica e Mecatrônica com especialização em Instrumentação
Industrial, atuou por muitos anos na rede Sharp e atualmente trabalha como
Técnico de Manutenção no Metro-RJ. Paulo Roberto é autor de diversos livros e
editor do boletimtecnicorj@gmail.com, distribuído de forma gratuita,colunista
do Jornal Ícone, atuando também como Instrutor e palestrante de manutenção.
Possui experiência em manutenção eletrônica com mais de 25 anos.
Jornal Ícone - ed. 223 - Dica de atualização para TV’s PHILCO BRITÂNIA! / Eis que ele chegou e ainda estamos aqui!
Fernando José
Olá meus
amigos, colegas, alunos e leitores, fico feliz de poder encontrar todos vocês
em mais este ano e espero tê-los como leitores de meus escritos ainda por
muitos e muitos anos, após este que agora se inicia!!!!
Vou começar
informando que teremos muitas novidades neste ano e a primeira, já comentada na
última edição deste jornal em 2014, é que estamos iniciando novos temas
técnicos além dos já conhecidos de todos que acompanham meu trabalho!
O
Treinamento sobre CFTV e Segurança Eletrônica terá desdobramentos durante este
ano, pois apenas demos o pontapé inicial neste tema que possui uma infinidade
de ramificações que devem ser bem abordadas e comentadas de forma a preparar
devidamente os colegas para realizarem os procedimentos corretos neste tipo de
instalação!
Aqueles que
me acompanham mensalmente aqui serão informados das datas de cada novo capítulo
deste assunto!
Aproveitando
para vender o peixe (embora eu não seja peixeiro), informo que já está à venda
o meu mais novo livro que trata justamente de um dos temas de nossa aula
inaugural de 2015, o Teste de FONTES dos TV’s LCD e LCD LED!
O “Testando
FONTES dos TV’s LCD, LCD LED, PLASMA e OLED” está disponível nos formatos
impresso em tamanho A5, encadernado em espiral para evitar as famosas dobras e
amassados de outros tipos de encadernação e também no formato E-BOOK (livro
eletrônico em PDF)!
Ambos os
formatos podem se adquiridos através de nosso e-mail que é clubedotecnico@gmail.com
ou através dos sites da TECHNO AV, www.technolcd.com.br (também nos dois
formatos), do Profº Paulo Brites, www.paulobrites.com.br (só no formato E-BOOK)
e também pelo site www.anep.com.br (só no formato impresso)!
E é claro,
além deste novo livro, o leitor pode também adquirir todas as nossas outras
publicações e assim completar a sua coleção com um material de ótima qualidade
técnica, atualizado, em português e escrito em uma linguagem feita para o
técnico que quer saber como funciona e como se conserta!!!!
Para o dia
7 Fevereiro estamos preparando uma nova versão do Treinamento de DICAS e
MACETES de CONSERTO nos TV’s LCD e LCD LED, que vai agora para sua 7ª edição
com “dicas quentinhas” recebidas de nossos colaboradores ao apagar das luzes de
2014!
Assim você
já vai estar apto a resolver alguns pepinos dos clientes antes do carnaval que
é invariavelmente um período onde sempre ocorre um aumento no volume de
serviços de reparação e todos estão sempre com muita pressa para poder ver o
desfile das escolas de samba!
O valor da
taxa de inscrição ainda permanece em apenas R$70,00 e o local onde irá
acontecer este evento será informado em breve!
Se você
está interessado em participar, entre em contato com a gente por e-mail ou
telefone e saiba como se inscrever!
Nossos
e-mail’s são:
clubedotecnico@gmail.com
ou clubedotecnicorj@gmail.com
E nossos
telefones: 25966942, 980967832 (tim), 985792128 (Oi), 975674947 (Claro),
998394668 (Vivo), 998109037 (Vivo) e
35872095 (NET fone).
Atendimento
telefônico de segunda a sexta de 10 da manhã às 18 horas!
Sempre
estamos às ordens para atender você e te dar todas as orientações que você
necessite!
Acompanhem
nossa coluna aqui neste jornal e procure sempre nas eletrônicas, os nossos
panfletos informativos com o tema e a data dos próximos treinamentos!
Informo
também que dias 31/01 e 01/02, vamos ministrar mais um treinamento técnico no
nordeste, durante o 3º Encontro dos Técnicos de Sergipe, realizado pela
Eletrônica FALCÃO, nossa parceira no nordeste do Brasil.
Serão dois
treinamentos direcionados ao tema LCD, LCD LED e OLED para capacitar os
profissionais daquela região nas novas tecnologias sobre TV!
Em breve
vocês vão ver aqui alguns momentos deste evento!
Para dar
uma palinha do que teremos no treinamento do dia 7 de Fevereiro, vamos tratar
aqui de um problema que tem afetado os TV’s da marca PHILCO (que sabemos ser
atualmente distribuída aqui no Brasil pela BRITÂNIA) e também os TV’s dos
outros fabricantes e que é relacionado com o SOFTWARE instalado na memória
FLASH do mesmo e através do qual o TV consegue funcionar!
Pois bem,
tem sido recorrente nos TV’s PHILCO com modelos PH32E53SG, PH39E53SG, PH42E53S
e PH46E53S o sintoma dos mesmos “ao ligar, o LED do standby apaga, porém a tela
não mostra imagem”!
Infelizmente
tem ocorrido do técnico desavisado, desatualizado ou apressado, trocar a placa
da FONTE sem sucesso (primeiro prejuízo) e depois a placa MAIN UNIT do TV onde
ele descobre que realmente estava o problema, pois após essa troca da MAIN
UNIT, o TV volta a funcionar.
Só que
existe um grande detalhe nessa solução que foi a troca da placa principal do
TV, o PREÇO!
O valor de
uma placa MAIN UNIT não é baixo e assim, o orçamento final vai atingir um valor
que em mais de 60% dos casos vai levar a recusa do serviço e sucateamento do TV
(segundo prejuízo)!
Claro que o
principal problema aí é que se o cliente não aceita o orçamento você deixa de
ganhar dinheiro e isso não é legal!!!
Então, não
seja apenas mais um trocador de placas (pois desses está cheio por aí)!
Entenda que
muitas das falhas dos novos TV’s não tem nenhuma relação com um componente
danificado e sim com um SOFTWARE danificado o que deixa de ser uma falha de
HARDWARE (falha de componente) para ser uma falha de SOFTWARE (falha no
programa)!
E isso pode
ser resolvido com uma simples atualização de SOFTWRE como vamos comentar.
Consiga o
arquivo de atualização citado abaixo:
Descompacte
o arquivo diretamente em um PEN DRIVE devidamente formatado e com o TV
desligado, conecte o PEN DRIVE na entrada USB do TV, aperte e segure o botão
“Power” por 8 a 10 segundos e
simultaneamente conecte o cabo de força
do TV na tomada.
Após algum
tempo o TV irá mostrar a mensagem de atualização, e a partir dai devemos
obedecer o que é mostrado na tela até que o TV desligue e reinicie
automaticamente!
Com certeza
alguém ai está a perguntar onde conseguir o referido arquivo para a atualização
do SOFTWARE do TV e a resposta é:
Ou no site
da PHILCO BRITÂNIA, ou com um amigo que trabalhe em um posto autorizado da
marca ou se é frequentador de nossos encontros mensais, pode adquirir com
nossos colaboradores, um CD que contém não só este, como muitos outros arquivos
de atualização para os TV’s dessa marca!
Quer saber
mais sobre ATUALIZAÇÃO de SOFTWARE?
Venha
participar de nossos treinamentos técnicos!
Te
aguardamos lá!!!!
Aproveito
aqui o espaço para agradecer a todos que estiveram na confraternização de final
de ano da RECOVENDAS que foi realizada no dia 20 de Dezembro em São Gonçalo.
Sei que
tivemos outras reuniões para as quais também fomos convidados, mas que
infelizmente não nos foi possível estar presente devido a uma série de
compromissos que muitas vezes não temos como adiar, mas agradeço a turma da
RECOVENDAS e aos
outros grupos que nos enviaram convites e espero que nos próximos
encontros eu possa estar presente prestigiando todos os colegas de profissão
que se esforçam para manter um forte vínculo de amizade entre os técnicos!
Até a próxima edição se DEUS quiser!
Fernando
José é Técnico de Eletrônica, especializado na área de manutenção de
equipamentos eletro eletrônicos residenciais e também Instrutor do Clube do
Técnico – RJ.
Atua também
como técnico da TECHNO AV em Icaraí e é autor de vários livros técnicos
dedicados a reparação de equipamentos eletrônicos!
Jornal Ícone ed. 223 - Fio Terra para Leigos
Paulo Brites
Há poucos dias eu estava no
balcão de uma loja comprando algumas tomadas para fazer uma extensões decentes
para o meu “laboratório particular’ onde realizo minhas pesquisas e reparo
alguns vintages que aparecem de vez em quando e de repente vejo um
“eletricista” que estava por ali orientando um cliente sobre a questão do fio
terra. Vou tantas asneiras faladas em dois minutos que eu não me contive e
acabei metendo o bedelho na conversa dos outros.
O Zé Faísca me olho espantado
e quando viu que ia perde a contenda saiu de fininho e evaporou no ar como
fumaça (aliás, ele já deve estar acostumado com fumaça, fogos de artifícios e
coisas do gênero).
Quando o Carlos Dei ficou me
cobrando a matéria para este mês fiquei dando “tratos a bola” para ver sobre o
que escrever.
Foi que me veio a mente o
“episódio” que bem poderia virar um quadro do programa pânico (literalmente) e
lembrei deste artigo que havia colocado no meu site há algum tempo.
Pra quem não leu, leia agora e
quem leu “vale a pena ler de novo”.
Este é um tema sobre o qual se
ouve bastante “opiniões” entre os leigos e até mesmo entre os
pseudo-eletricistas ou emendadores de fio.
Como o próprio título do post
indica, não é minha intenção fazer um tratamento extremamente teórico o que não
significa que irei passar por cima de pontos fundamentais.
No passado não se dava muita
atenção ao sistema de aterramento na rede elétrica, popularmente conhecido como
“fio terra”, haja vista que todos ou quase todos os prédios antigos não dispõem
deste importantíssimo item de segurança não só para os modernos equipamentos
eletrônicos, mas principalmente para os humanos que os manuseiam.
Pode-se dizer que o
aterramento está para a eletricidade assim como o cinto de segurança está para
o motorista ou o capacete para o motociclista: você pode deixar de usar, mas
...
Felizmente esta realidade
começou a mudar graças à Lei Federal nº 11.337 de
26/07/2006, que entrou em
vigência a partir de dezembro de 2007 e estipulou em seu Art.1º que:
“As edificações cuja construção
se inicie a partir da vigência desta Lei deverão obrigatoriamente possuir
sistema de aterramento e instalações elétricas compatíveis com a utilização do
condutor-terra de proteção, bem como tomadas com terceiro contato
correspondente.”
Antes de prosseguir é bom que
se esclareçam duas questões que costumam ser confundidas por muita gente:
a) a diferença entre neutro e terra
b) chamar neutro e/ou terra de negativo.
Em primeiro lugar é importante
que fique bem claro que em “corrente” alternada não se define um terminal como
positivo e outro como negativo uma vez que os terminais alternam de polaridade
a cada meio ciclo.
O que os mal informados chamam de negativo é o terminal que não dá choque e que na verdade é o neutro. Mas adiante veremos porque ele não dá choque.
Passemos agora a entender a
diferença entre “terra” e neutro e nada melhor para isso que recorrermos às
definições.
- NEUTRO: CONDUTOR FORNECIDO PELA CONCESSIONÁRIA (JUNTO
COM A(S) FASE(S) PARA O RETORNO DA CORRENTE ELÉTRICA.
- TERRA: HASTE METÁLICA LIGADA
A TERRA (pode ser um “buraco no chão”, mesmo) NA ENTRADA DE ALIMENTAÇÃO E QUE
NÃO DEVE APRESENTAR CORRENTE CIRCULANTE.
Resumindo no neutro passa
corrente enquanto no ‘terra’ não.
E qual o objetivo do fio terra
também tecnicamente designado por PE (proteção elétrica)?
O primeiro objetivo do
aterramento é (ou deveria ser) proteger as pessoas e o segundo é proteger os
equipamentos.
Em primeiro lugar vamos
entender como o aterramento protege as pessoas.
Quando eu digo “proteger”
estou me referindo a evitar que se leve choque ao tocar na carcaça metálica de
um equipamento.
Talvez valha a pena abrir um
parêntese aqui para explicar esta questão do choque elétrico e também falar
sobre um tópico que ficou pendente lá trás sobre porque o neutro não dá choque.
Para sentirmos choque
precisamos tocar simultaneamente em dois pontos onde haja uma diferença de
potencial elétrico, mais comumente chamada de tensão ou voltagem para fazer
circular uma determinada corrente elétrica em nosso corpo.
Muita gente acha surpreendente
que os pássaros pousem nos fios de distribuição de energia espalhados pela
cidade e não morram eletrocutados.
O motivo é óbvio. Eles não
colocam as patinhas em dois fios ao mesmo tempo (não porque tenham estudado
física, mas porque a outra patinha não chega lá!) e aí não há diferença de
potencial entre uma patinha e a outra (ainda bem).
Antes de prosseguir vou deixar
uma pergunta no ar e convido você a fazer um comentário para que possamos
estabelecer um debate sobre o assunto: - o que é que produz o choque: a tensão
ou a corrente? Pense nisso.
Como a eletricidade chega às
nossas casas?
Na entrada de nossas casas
recebemos dois ou mais fios fornecidos pela concessionária de energia elétrica.
Tratemos, por enquanto, do
fornecimento com dois fios apenas em que um é chamado fase (ou vivo) e o outro
chamado neutro (que jamais deverá ser chamado de negativo ou de terra).
Por uma “manobra” que não cabe
explicar aqui a concessionária faz com que a diferença de potencial entre o fio
neutro e a Terra (planeta Terra) seja igual a zero volt. Portanto, se tocarmos
no fio neutro não levaremos choque, uma vez que não há diferença de potencial
entre o neutro e a Terra (chão), já que
nós estamos em contato com a Terra e portanto não irá circular nenhuma corrente
elétrica pelo nosso corpo.
E por que antigamente não se
dava muita importância ao aterramento (pelo menos no Brasil) e hoje se dá?
Ocorre que os equipamentos
eletrônicos modernos são muito sensíveis à eletricidade estática, daí a
necessidade de se descarregar para a Terra esta eletricidade “invisível” que
pode prejudicar e até danificar os componentes eletrônicos dos equipamentos.
Ah! Então quer dizer que as
pessoas são menos importantes que os equipamentos por isso, antigamente o fio
terra não era necessário?
Deixo por sua conta tirar as
conclusões, o fato é que ainda bem que para salvar os equipamentos (e por
tabela as pessoas) o aterramento se tornou obrigatório até nas instalações
residenciais.
E onde conseguir “esse” terra?
Você não está pensando em enfiar um pedaço de fio num vaso de planta, não é
mesmo?
Devo adiantar que não sou um
especialista no assunto até porque o tópico aterramento é uma especialização da
engenharia elétrica. Vou me ater aqui a considerações de ordem prática
enfatizando, principalmente, o que não se deve fazer.
O aterramento deve ser obtido
na entrada de distribuição de energia da residência através de uma haste
metálica introduzida na terra. Quanto à dimensão desta haste, sugiro que você
consulte a literatura especializada ou as normas da concessionária. Vale
ressaltar também que em grandes consumidores os sistemas de aterramento são
mais complexos e devem ser realizados por empresas com profissionais
especializados.
E de onde vem o neutro?
Diferentemente do “terra”, que
é de responsabilidade do consumidor, o
neutro é fornecido pela concessionária de energia elétrica.
A forma mais comum de
fornecimento de energia é conhecida como monofásica e como o próprio nome
indica e composta de uma fase.
Neste caso a concessionária
entrega dois fios na caixa de entrada onde está instalado o “relógio de luz”
sendo que um é a fase e o outro o neutro; o terra fica por sua conta e deverá
ser instalado conforme já foi mencionado acima.
Se a rede for bifásica você
receberá três fios, sendo duas fases e um neutro.
A tensão entre as fases será
220 V e entre cada fase e 127 V entre cada fase e o neutro.
A tensão medida entre neutro e
terra deveria ser igual a zero volt. Na prática encontraremos um valor maior
que zero, mas se for até 10 V está aceitável.
Erros comuns
As tomadas brasileiras atuais
têm três pinos, sendo que o pino central corresponde ao aterramento
tecnicamente denominado PE ou PEN.
Este terceiro pino que é
novidade por aqui já existia nos equipamentos importados cujas tomadas já
tinham este pino para aterramento.
E o que nós brasileiros
fazíamos? Cortávamos este “maldito” pino que “não devia servir pra nada mesmo”
já que o aparelho funcionava sem ele.
Havia até no mercado uma
tomada adaptadora do tipo entra três sai dois e que evitava ter que cortar o
pino para não perder a garantia.
Os mais “cautelosos” não
cortavam o terceiro pino e faziam pior ainda, ligavam o neutro ao terminal de
terra lá na tomada!
Pelo Amor de Deus, não façam
isso. Jamais liguem o neutro ao terra.
Já que é pra fazer errado
cortem o terceiro pino que é “menos pior”.
Lembrem-se sempre da regra
básica: - neutro é neutro e terra é terra.
Neutro não funciona como terra.
Por enquanto é só.
Ah! Já ia me esquecendo de uma
coisa importante. A NBR 5410, norma da ABNT que estabelece os critérios para
uma instalação elétrica correta, exige que se use fio da cor azul claro para o
neutro e verde ou verde e amarelo para o aterramento. Respeitar esta norma com certeza vai ajudar
bastante.
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comentário. Se não gostou, também.
Se quiser sugerir um tema para
ser abordado no site (www.paulobrites.com.br) sinta-se à vontade.
Até sempre.
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