No final de década de 80 e início da de 90 o boom do videocassete importado com sinal NTSC e a necessidade da transcodificação para PAL-M gerou uma euforia imensa de consumo deste produto e, consequentemente, uma demanda de serviços pouco experimentado por autorizados e terceirizdos, então, com o qual muitos fizeram seu “pé de meia” ou se estruturaram financeiramente.
Com esta euforia veio a onda de assaltos às oficinas e postos autorizados, cujo objetivo maior da corja eram os tais videocassetes importados. Estas ações escusas terminaram também por quebrar muita gente. E quem não quebrou, teve que buscar um mecanismo forte para continuar trabalhando e tirando o seu pão-de-cada-dia, o seu conforto, o sustento da família, etc.
No Rio de Janeiro, o mecanismo forte foi o associativismo, em que se criou a Asaerj – Associação dos Serviços Autorizados do Rio de Janeiro, inicialmente com o foco maior na questão da segurança, mas logo em seguida focando nas demais questões, pertinentes ao segmento, como impostos, qualificação de mão-de-obra e de gestão empresarial, insumos, taxas, atendimento ao cliente, e a crucial relação com os fabricantes, que ia-se tornando cada dia mais apertada.
Graças à crença na força da rede e à projeção desta união, especialmente através do Jornal Ícone, a Asaerj tornou-se uma entidade forte e respeitada em todo o país, conseguindo, com sua mediação, muitos avanços na relação entre o serviço autorizado, o fabricante, o cliente e os órgãos de Defesa do Consumidor, reabrindo a esperança em dias melhores.
Nesse meio tempo, aproveitando o tema do IX Prêmio Abrasa de Pós-Vendas 2010, “sustentabilidade ambiental”, a Asaerj, já em meados da década de 90 empunhou essa bandeira, em nome da preservação ambiental, com a campanha de coleta de pilhas e baterias e intensa discussão sobre o iminente aumento do lixo eletrônico, obtendo apoio de instituições públicas e privadas, incluindo o apoio do então deputado fluminense Carlos Minc (ex-Ministro do Meio Ambiente do governo Lula), o que trouxe visibilidade e credibilidade para o serviço autorizado, como nunca.
Infelizmente, com o descaso de grande parte dos fabricantes com a política de assistência técnica e pós-vendas, observado e lamentado pelo segmento de serviço, grande parte dessas micro-empresas caíram num ostracismo acentuado - somado com as regras loucas do “mercado” que tirou boa parte delas de circulação – e, com isso a Asaerj ficou temporariamente desativada, aguardando seus associados se refazerem dos sustos.
Muita coisa, boa e ruim, aconteceu de lá para cá, a tecnologia avançou e avança sem parar, mas a demanda de serviços continua, de forma muito seletiva e criteriosa e quem resistiu, persistiu e reciclou seus conhecimentos e métodos continua em pé. Claro que com muita dificuldade para driblar todas as armadilhas deste avanço tecnológico-econômico-administrativo. Uma das coisas boas destas relações no segmento, sem dúvida, é a famosa garantia estendida, ou garantia pós-venda.
Obviamente para grande parte dos prestadores de serviços em eletroeletrônicos é um enigma o fato de que uma solução como esta não seja compartilhada pela rede que tanto trabalhou e lutou por questões e problemas comuns, conseguindo resultados e benefícios para todos há algum tempo, livrando muita gente de uma quebra inevitável.
E hoje, a exemplo de outros segmentos, como o supermercados, farmácias e drogarias e até de serviços funerários, mais do que nunca, para se resgatar as possibilidades, se faz necessária a reaglutinação das forças desta rede de serviço pós-venda do segmento de eletroeletrônicos em geral e particularmente no Rio de Janeiro, onde a centelha não se apagou definitivamente, para se reacender a esperança e as possibilidades de, mesmo em dias complexos como os atuais, sobreviver e viver dignamente deste empreendimento que tanto benefício já trouxe e traz ao consumidor de eletroeletrônicos.
Abraços,
Abraços,
Carlos Dei
Editor
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