Carlos Dei
“Retrato do artista quando coisa”
Manoel de Barros
"A maior riqueza
do homem
é sua incompletude.
Nesse ponto
sou abastado.
Palavras que me aceitam
como sou
— eu não aceito.
Não aguento ser apenas
um sujeito que abre
portas, que puxa
válvulas, que olha o
relógio, que compra pão
às 6 da tarde, que vai
lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai. Mas eu
preciso ser Outros.
Eu penso
renovar o homem
usando borboletas."
“A capacidade de alterar a natureza por meio da ação consciente torna a condição humana muito específica, marcada pelo ambíguo, pelo instável, o que nos faz eternos insatisfeitos, querendo sempre alterar o já conquistado”. Isso é o que dá o tempero de ser, ao contrário dos animais que se acomodam ao natural (e nem por isso são “infelizes”), conservando-se sempre idênticos a si mesmos.
Somos plasmados pela cultura, mas também somos capazes de romper com a tradição, às vezes para a melhor, às vezes para a pior. É a nossa sina dos reveses. O que deu certo ontem, nem sempre servirá para um novo modelo, para um novo momento, para uma nova descoberta. Viva a transformação humana e tecnológica, mas é preciso usar tudo isso em favor de nós mesmos, coletivos, não egoístas, não acumuladores - no pior sentido disso.
Vamos democratizar os benefícios das descobertas e tecnologias em favor da nossa poesia humana, chamada vida, sem a tragédia bélica - em todos os sentidos. (Editorial do Jornal Ícone, ed. n.222, Dez/2014).
Desejamos a todos os Amigos, leitores, anunciantes, colaboradores, à minha família uma profunda reflexão para realmente termos um Feliz Natal e uma renovação no Ano Novo de 2015, com prosperidade e poesia.
Abraços!
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