Carlos Dei
A percepção do mundo só pode ser aprimorada através da nossa visão. Aproveitando o gancho do nosso colunista Paulo Roberto, em seu artigo “Novas ferramentas na bancada”, não custa lembrar a importância da visão: a orgânica e a perceptiva/filosófica (por assim dizer).
Como abordado na matéria, na bancada estamos com a visão “desarmada”, a olho nu (sem o uso de instrumentos) e, dependendo, do desgaste provocado pelo tempo e condições ambientais, fica difícil enxergar problemas em micro componentes. Já “armada” (com microscópios ópticos, telescópios, binóculos, binóculos infra-vermelhos) ela é ampliada, podendo ver (de modo geral) microorganismos, corpos distantes, estrelas, luz-infravermelha.
Outros instrumentos e aparelhos específicos permitem a “visão de raios X, imunofluorescência, ressonância magnética, dentre outras técnicas ainda mais sofisticadas, que não cabem aqui, por terem uma gama infinita de possibilidades no campo da Astronomia e Medicina para diagnósticos por imagem. E, na visão do Paulo Roberto, com aplicação na bancada do Técnico em Eletroeletrônicos, a câmera fotográfica, também de infinitas possibilidades no dia-a-dia, profissional e pessoal.
O que quero da minha vida? Quais as minhas prioridades?
Já no caso da visão perceptiva, nunca é demais lembrar a sua importância para a caminhada de cada um, seja também no âmbito profissional ou pessoal. É claro que para muitos este tema passou a ser um calo nos pés, já que a comodidade sempre fala mais alto e muita gente boa não tem nem quer ter a paciência de mergulhar na questão. Quando se tem visão e missão claras, ativa-se uma eficaz bússola da vida (negócio e pessoal), facilitando a compreensão de onde e como chegar ou caminhar ao/para o futuro.
Não existem fórmulas, como todos já estão carecas de saber. As receitas de cada um nascem a partir do momento em que se tem claro o que se quer da própria vida e suas prioridades. No caso das organizações, muita gente mantém-se passivo em relação à visão destas. Isto cria uma ferida incurável dentro da mesma e levanta o questionamento: por que alguém se mantém firme onde não está em sintonia, onde não se sente bem, onde não concorda com as regras?
Obviamente, esse questionamento não é privilégio de quem está em qualquer organização alheia. No próprio empreendimento, atividade, vida, observa-se uma atitude de grude e inércia, em que muita gente perpetua e repete a cada dia, a cada segundo equívocos comportamentais, atividades e atitudes, pouco rentáveis, pouco prazerosas, nada promissoras para o negócio, para a vida pessoal.
Vale a pena perpetuar um sofrimento por algo em que não se está mergulhado com paixão? Vale a pena a falta de atitude, o descontentamento parvo, o medo de buscar algo novo que realmente faça o negócio e a vida terem sentido? Vale a pena ficar no engarrafamento de qualquer estrada que vai dar em nada?
(Com reflexões/informações de Iussef Zaiden e Jerônimo Mendes) (*) Lewis Carol
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