sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Jornal Ícone - 224 - Máscaras, fantasias, contradições, diversão também, no reinado momesco






Carlos Dei



 Cercados pela diversificada sazonalidade da vida, material e imaterial, desfilamos nossas fantasias e máscaras pelos blocos de atividades, contradições, “certezas” e “verdades”, no das incertezas, este sempre presente e nos da diversão, com certeza, neste período do reinado de Momo, em que, embora uma parte do país pare, talvez em função (fator já analisado por economistas) do desconhecimento da “dinâmica produtiva” de todo o processo de concretização desta festa popular, aclamada por muitos e odiada e execrada por outros tantos, especialmente por questões de ordem religiosa, ou moral familiar conservadora. 



  Nesse conglomerado também surgem os oportunistas de plantão, os ‘enxergadores’ de oportunidades e os malandros “71’s”, que quase sempre “se dão bem”  sobre a ingenuidade ou o senso de boa vontade de tantos; Afloram-se ânimos e auto-afirmações, bem como históricos ‘caráteres’ exclusivistas, elitistas e excludentes, que facilitam o total acesso a quem tem; Mas, também, de alguns anos para cá, é cada vez mais crescente a ocupação das ruas pelo povo, tanto de menos favorecidos, quanto de favorecidos, consolidando o movimento do antigamente chamado “entrudo”, movimento momesco das ruas, de origem lusitana, cujos braços sempre abraçaram os ‘ferrados’. Hoje a eclosão de pequenos e grandes blocos carnavalescos arrasta uma inesperada (às vezes estimada) multidão que, a (relativo) baixo custo, tem acesso a um lazer popular e efervescente, antes privilégio apenas de quem pudesse pagar. 


E, entre as lembranças de que em todo o tempo, mas especialmente nesses dias em que muita gente se entrega aos “braços do palhaço”, usar camisinha, beber com moderação, não dirigir se consumir bebida alcoólica, desprezar provocações gratuitas, para não se tornar vítima de imbecis e suas imbecilidades, a torcida é para que, parodiando minha amiga Maria Gabriela Saldanha, analisando e criticando a postura machista do homem na questão de gênero e sexualidade, neste universo de relações humanas não tem miséria, desde que exista o consentimento de comum acordo e o inexorável, indispensável e essencial respeito mútuo, para se caminhar coletiva e saudavelmente.


 


E, para não esquecer, como lembra o incansável Fernando José, o técnico em eletrônica deve ficar atento às oportunidades geradas pelo carnaval para o segmento, uma vez que, mais do que nunca, o usuário quer seus equipamentos eletroeletrônicos impecáveis, para não perder o ‘bonde de Momo’, por onde quer que passe. E, nesse momento, é que o serviço técnico pode ser a alegria da “avenida”.


Abraços! 



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