Fernando Asaphe Jr.
Todos nós acompanhamos a novela da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) com as operadoras de telefonia móvel campeãs de reclamações em todos os estados da federação e no Distrito Federal. Tim campeã de reclamações em 19 estados e no Distrito Federal (inclusive no Rio), a Oi em 5 estados e Claro em 3.
A punição às três empresas foi anunciada no dia 18 de julho pelo presidente da Anatel, João Rezende. Porém, a mesma durou muito pouco tempo para que qualquer uma das correções necessárias à regularização dos serviços tenha sido realmente feita.
Ou seja, com certeza o famoso jeitinho brasileiro mais uma vez deu o ar de sua graça!
E os usuários mais uma vez ficaram a ver navios.
Agora, com certeza, devemos ver também que existe o outro lado da moeda, ou seja, as operadoras não fornecem um bom serviço aos seus clientes, mas também não têm nenhuma facilidade por parte das legislações para que seja possível expandir e aumentar a qualidade dos seus serviços. Aí temos a nossa famosa “BURROCRACIA” que, por muitas vezes é proposital, a fim de facilitar a aplicação do já comentado “jeitinho brasileiro” em molhar a mão de alguém para que seja possível fazer algo que as legislações impedem que seja feita.
O sindicato das operadoras alega que existem hoje mais de 250 regulamentações municipais que dificultam a implantação das redes para acompanhar o crescimento dos serviços de telefonia móvel, principalmente em relação à instalação das famosas ERB’s (antenas de telefonia celular).
Em nota distribuída pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), as discussões com os governos federal, municipal e estadual sobre a criação de condições e incentivos para compartilhamento de infraestrutura, não devem terminar por causa do liberação de vendas de chips e serviços das 3 operadores punidas anteriormente.
De acordo com o sindicato, a quarta geração da telefonia móvel (4G), que começará a operar no próximo ano e será demandada durante a Copa do Mundo de Futebol de 2014, exigirá pelo menos o dobro do número de antenas utilizadas hoje pela tecnologia 3G.
O SindiTelebrasil afirma que a instalação dessa infraestrutura também poderá, e quase com certeza enfrentará, as mesmas dificuldades.
Ou seja, se você ficou animado com a notícia da INTERNET 4G, pode botar as barbas de molho e tirar o cavalinho da chuva, pois dificilmente ela, a 4G vai ser realmente acessível em pouco tempo e muito menos a um preço baixo!
Só para efeito de comparação, atualmente a nossa INTERNET 3G é comparada em velocidade com a conexão via linha discada nos Estados Unidos.
A banda larga em Portugal com velocidade de 100mega custa o equivalente hoje a R$140 reais (lá, $70 euros).
Aqui, 20mega estão na faixa de R$150.
Ou seja, muita água ainda vai rolar!
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