Jornal Ícone - Ed. 204 - Um carnaval de ansiedades

Carlos Dei

Queira!
Basta ser sincero
E desejar profundo
Você será capaz
De sacudir o mundo
Vai!
Tente outra vez!

Raul Seixas

Ainda nocauteados pelos caprichos de início de ano, pelas perspectivas de aumentos generalizados, que têm sua ignição na subida de preço dos combustíveis, pelas incertezas que o «mercado» oferece constantemente. Ainda assim, acreditamos e seguimos, determinados em encontrar os lemes, as bússolas, os ventos e os rumos certos, embora, às vezes, precisemos mudar direções, pegar atalhos, desacelerar, frear, levar o barco devagar para não sucumbirmos em meio às tormentas.

E em meio a tudo isso, caminhamos, cercados pelo «frisson» do carnaval (de ansiedades) carioca, (“omaior show da terra”?), atravessando «um mar de alegorias», fantasias, desalentos também, mas esperanças de que nossas tristezas se transformem em um desfile de satisfações, sorrisos, não violência, não descasos, não avacalhações, ao som dos «bum bum paticumbum prugurunduns», surdos, ganzás, reco-recos, pandeiros, tamborins... evoluções, conquistas...

«Aqui vamos nós, turistas de guerra», resistindo, pensando e montando nossas estratégias, nos adequando e

persistindo, acreditando no possível e no impossível, numa louca «metamorfose ambulante», já que «é de

batalhas que se vive a vida» pessoal e comercial... «Não pense que a cabeça aguenta se você parar»...

«Y así pasan los dias»...