quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Jornal Ícone - Edição nº 219

Universo eletroeletrônico em permanente expansão e contração  - Editorial - Carlos Dei
Ferramentas de Programação - André Pereira
Trocar placa de TV: uma prática que veio para ficar - Waldyr Souto Maior
Tecnologia Ambilight - Paulo Roberto
Simulando consumo nas fontes dos Tv’s LCD e LCD LED - Fernando José
Como eu aprendi eletrônica digital - Paulo Brites
Equipamentos Eletro Eletrônicos podem matar? - Fernando Asaph Jr.
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Jornal Ícone Ed. 219 - Universo eletroeletrônico em permanente expansão e contração

Carlos Dei

Incessantes idas e vindas, expansão e retração, nascimento e morte, “o tempo não tem direção”, as variações naturais explodem em mosaicos de novas peças em tamanhos diversificados, sobrepondo-se às mais antigas.  Assim se reflete a natureza em intermináveis ciclos de “perturbações”, transformando a face do planeta, com surgimento de montanhas, a amplitude de um indivíduo, etc.
 Guardando-se devidas proporções, mas sem desprezar a grandeza e a infinitude deste universo, o segmento de eletroeletrônicos também tem suas  “perturbações”, com as quais se expande e contrai, com o universo “nanônico”, com a tecnologia de informação, a robótica, as aplicações na mecatrônica, na área espacial, eletromedicina, ótica, etc. 
 Recentemente pesquisadores chegaram a uma desenvolveram uma “técnica para estabilizar sinais de micro-ondas na faixa dos gigahertz utilizando como referência um par de feixes de laser, em vez de um cristal de quartzo” (leia artigo na página 6); cientistas utilizam “lupa cósmica” para obterem melhor imagem de galáxias em colisão; construção de “porta lógica magnética” com o objetivo de futuramente substituir transistores tradiconais por ímãs em nanoescala, em supercomputadores; o aceleramento de discos rígidos em até 1.000 vezes com a spintrônica; a produção de nanotubos que crescem perfeitos e homogêneos a partir de sementes de carbono, o que permite definir se serão metálicos ou semicondutores; o elástico de grafeno, que pode monitorar bebês prematuros; entre outra infinidade de “coisas”...
 Mais para a realidade de bancada, já se fala em conserto de placa de televisor como alternativa ao tradicional conserto com trocas de semicondutores (que hoje tornam-se mais e mais complexos e interligados, o que dificulta este tipo de  manutenção) cuja realidade é uma constante na manutenção de computadores, quando se trata de hardware. Leia artigo na página 3.
 De forma que, assim como a nossa natureza e o universo, o estado de expansão, contração, transformação e repetição é uma constante no segmento de eletroeletrônicos. Cabe aos profissionais do setor, que querem trabalhar ou continuam trabalhando nesta área, compreender estas “perturbações” (arriscamos dizer: essencialmente de mercado), as transformações, o surgimento e desaparecimento de “cadeias de montanhas não lineares”, as repetições e todas as suas consequências, para saberem lidar com esse fascinante, mas complexo “universo particular”.
 Abraços!

Jornal Ícone - Ed. 219 - Ferramentas de programação

André Pereira

 Olá nobres leitores.

 Venho aqui comunicar que agora estou fazendo licenciatura de Física e explico : Há um deficit enorme na disciplina em escolas públicas e particulares e o desinteresse geral das novas gerações em virtude da maneira como a Física é apresentada.
 Acredito eu que é dessa forma que estamos nos atrasando tecnologicamente, por não termos a base de tudo e não focarmos na proliferação do conhecimento que leva ou gera outro conhecimento.
 Vamos analisar o fato de que, nas aulas de Física na escola, aprendemos eletricidade, luz, força e movimento e tudo isso leva a aplicações por meio da engenharia, que utiliza esses conhecimentos para propor outros conhecimentos. Por exemplo: Na Física se estuda a luz e, com os avanços conseguidos nos estudos relacionados a este fenômeno natural, podemos brincar com materiais que criem a mesma luz de forma artificial e assim, entra a química ou a engenharia para fazer esses materiais se portarem de forma que emitam luzes em aplicações do dia a dia. Mas tudo começou com o estudo, na Física, de como se comporta a luz e como pode ser gerada ou transformada, uma vez que, sendo uma energia, não pode ser criada.
 Neste contexto, surgem a informática, que utiliza de ferramentas abstratas que funcionam a partir de ferramentas físicas, como a placa mãe de seu computador que foi criada a partir de componentes eletrônicos e esses componentes foram inventados, mediantes estudos de fenômenos físicos da natureza, por cientistas ou físicos.
 As linguagens de programação utilizam todo esse aparato para expressar o mundo real de forma abstrata na tela de um computador, simulando a realidade do ponto da matemática e assim resolver problemas mais comuns.
 A linguagem de programação para computadores é muito complexa, se formos estudar como funciona por estrutura física ou em linguagem de máquina, que pode ser para qualquer arquitetura e não são compatíveis entre si. Para resolver esse problema, os engenheiros de sistema e os matemáticos e engenheiros elétricos criam arquiteturas bem definidas, deixando para o pessoal de informática, a nível acadêmico, desenvolverem a linguagem de máquina que melhor comporte a tal arquitetura e os desenvolvedores de software ficam responsáveis por transformar essa linguagem de máquina em uma que as pessoas possam entender melhor e assim, hoje, existem uma infinidade de linguagens globo a fora.
 Uma em especial é a linguagem de programação para computadores denominada JAVA, que é utilizada para desenvolver até mesmo aplicações para o robô que foi enviado a marte e até alguns aparelhos na sua casa foram desenvolvidos programando em JAVA.
 Outra linguagem de programação para computadores, muito conhecida, é o PYTHON e diversas aplicações em tablets, celulares e sistemas operacionais, que estão sendo desenvolvidos com essa linguagem.
 Todas elas são criadas fora do Brasil, mas temos EXCELENTES cientistas da informação e grupos de trabalhos que desenvolvem essas linguagens e uma delas é LUA. LUA é uma linguagem de programação do BRASIL, especialmente criada para aplicações na Petrobras e, hoje, é de domínio público, com acesso a mais pessoas e é bom conhecer que somos desenvolvedores de alguma coisa tecnológica para que sirva de exemplo. Aliás, fazer Física é uma forma que percebi de poder incentivar e servir de exemplo para mais pessoas a entrarem nesse maravilhoso mundo da tecnologia. Que sem ele ainda estaríamos morando em cavernas ou vivendo a luz de vela, pensem nisso.
 Bom, para quem ainda não me conhece, eu sou André Pereira da Silva, meu e-mail é cleapstech@gmail.com e espero ter atendido a expectativa de muita gente. Principalmente o pessoal da eletrônica que, acho eu, ser a maioria aqui.

 Aufwiedersehen. 

Jornal Ícone - Ed. 219 - Trocar a placa da TV: Uma prática que veio para ficar

Waldyr Souto Maior

 Na profissão de Eletrônica, assim como em todas as outras áreas, em função do progresso evolutivo, os profissionais vão modificando gradativamente seus métodos de trabalho, com objetivo de se adequar às novidades tecnológicas trazidas pelo progresso.
 Uma das práticas que está se tornando muito freqüente hoje em dia é a troca de placas em conserto de aparelhos de TV. Mas, será que é vergonhoso para o técnico trocar toda a placa pra reparar um aparelho?
 É claro que os técnicos, principalmente os veteranos, não gostam muito de trocar placas. Eles acham que ser técnico é encontrar e trocar uma peça isolada. Mas, vamos analisar esse problema, apontando alguns fatos que estão contribuindo para isto:

 Componentes inconfiáveis:

 Antigamente, quando se trocava um transistor e o mesmo queimava ao se ligar o aparelho, deduzia-se que havia um outro defeito provocando a queima do mesmo. Agora, na maioria das vezes, se isso acontecer é porque o técnico caiu no conto do “transistor carimbado” ou seja, TRANSISTOR FAJUTO. É um tipo que atrai devido o preço baixo mais resulta quase sempre em perda de tempo e também de cliente.

Esse problema é realidade também em outros componentes como: Integrados, diodos e mosfets.
A solução aqui é mudar de loja e comprar o mais caro, o mais robusto e indagar na loja se o componente é original.

 Atualização de software:
    
  Antigamente, quando havia a suspeita de problema com a programação da memória de uma TV, o técnico teria apenas que regravar a memória EEPROM ou, trocá-la em caso de defeito no CI.
 Hoje, após a invasão das memórias Flash, que vêm no interior dos complexos CI’s processadores e que comportam dados importantes, como a versão do aparelho, a regravação é feita por um procedimento chamado de ATUALIZAÇÃO DE SOFTWARE ou FIRMWARE, que se resume em espetar um Pen Drive na entrada USB da TV, contendo o software referente ao modelo e versão do aparelho, seguir alguns procedimentos, e pronto.

 Bem, falando assim, parece bem simples. Só que, os fabricantes costumam reservar esses softwares apenas para o seu próprio uso e, quando o encontramos na Internet, encontramos somente o software ou, somente os procedimentos, postados por algum colega com intenção de ajudar. Acontece que, não adianta ter o software sem ter os procedimentos e vice-versa.
 Por outro lado, é preciso ter muito cuidado, pois, há casos que a atualização de software não resolve o problema e outros casos em que até piora o sintoma.
 Para evitar decepções, verifique se o software é confiável e se está de acordo com o modelo do aparelho.

Os componentes estão cada vez menores e mais grudados na placa:

 Antigamente a maioria dos consertos se resumia em trocar uma válvula, e nem precisava de ferro de soldar. Com a chegada dos transistores e integrados, o técnicos passaram a ter que dessoldar cada componente individualmente, na maioria das vezes, ainda na fase da pesquisa do defeito, tornando o conserto bem mais trabalhoso e demorado.
 Nos dias de hoje este problema é ainda maior, pois, quanto mais os aparelhos eletrônicos evoluem, mais surgem placas complexas com muitos componentes SMD que deverão ser substituídos, até mesmo, durante a procura do defeito.
    Agora imagine enfrentar todos esses problemas sem um esquema na mão...

Os esquemas estão cada vez mais difíceis:

    Quem é técnico reparador veterano na profissão de eletrônica pode testemunhar que antigamente o esquema era fornecido no interior do próprio aparelho. Com o tempo, teríamos que comprá-lo e, por um preço geralmente alto. Não muito tempo depois, os grandes distribuidores de esquemas desapareceram e, a solução passou a ser a Internet. O que não falta é site oferecendo uma variedade quase sem fim de esquemas de todos os tipos de aparelhos, marcas e modelos. Entretanto, nem sempre conseguimos todos os esquemas e, muitos manuais são fornecidos faltando as partes mais importantes, aquelas que o técnico mais precisa pra conseguir consertar o aparelho, como: Fonte, Inverter, T-con, Placa principal, etc. Muitas das vezes, o manual contém mais de 100 páginas, mas, nenhuma delas exibe o que mais precisamos, que é o esquema elétrico das placas.
  
Conclusão:

  As dificuldades encontradas hoje pelos técnicos são inúmeras: Peças que não estão disponíveis na praça e outras que custam quase o mesmo preço do aparelho; Segredos para se abrir o aparelho; Parafusos com cabeças “estranhas”; Monopólio de informações técnicas; etc. Mas, o técnico sempre dará um “jeitinho” de consertar o aparelho, mesmo que tenha que trocar uma placa.
 É claro que ninguém vai sair trocando placas sem antes observar a possibilidade de consertá-la, mas, diante de todos esses problemas e com o cliente ligando todos os dias pra saber se o aparelho está pronto, trocar a placa é uma solução bem viável.
 Colabore também com a nossa classe profissional, associando-se à ASFETEB, a associação que existe com o único propósito de ajudar os técnicos com orientações, esquemas, materiais, cursos e empregos.
 Acesse nosso site: www.wix.com/novaasfeteb/esate ou envie um e-mail para: esate.asfeteb@ig.com.br, solicitando maiores informações. Fique com Deus !

 Waldyr Souto Maior é professor de eletrônica, possui cursos no exterior, é autor de alguns livros técnicos e é vice-Presidente da Asfeteb ( Associação Federal dos Técnicos em Eletroeletrônica do Brasil : esate.asfeteb@if.com.br







Jornal Ícone - Ed. 219 - Tecnologia Ambilight

Paulo Roberto dos Santos

  A tecnologia Ambilight, implantada pela Philips, consiste na inserção de leds coloridos na parte traseira do televisor, criando assim uma luz de fundo, que cria uma sensação visual diferenciada para o espectador. A figura 1 mostra este efeito num televisor desta linha.


Figura 1 – Luzes traseiras acionadas
 Uma característica desta tecnologia é que as cores visualizadas acompanham a cor predominante na tela naquele momento, ou seja, se o vermelho estiver predominando na tela, a cor de luz traseira será vermelha, se for azul predominando será acionada as luzes azuis na traseira, e assim por diante. Na figura 2 o leitor pode identificar a parte traseira de um televisor que utiliza o Ambilight.
 Nos modelos mais atuais as cores acionadas serão diferenciadas de acordo com setores da tela, assim pode-se ter varias luzes diferenciadas em determinado momento se houver cores diferenciadas em várias partes da tela.

Figura 2 – Luzes na parte traseira do televisor
     Na figura 3 o leitor pode identificar visualmente o aspecto físico dos leds utilizados pela tecnologia Ambilight.  Estas “centopéias” possuem internamente três leds, cada qual com uma cor básica, ou seja, vermelho, verde e azul. Quando acionados pela polarização, cada led transmite a cor primária e, se quisermos cores secundárias, haverá o acionamento simultâneo de dois ou mais leds.


Figura 3 – Leds utilizados nas barras de emissão de luz

     . Na figura 4 temos a configuração de cada um destes componentes. Observe que cada um deles possui internamente os três leds explanados anteriormente.

Figura 4  – Visão interna dos leds e linhas de polarização

 Observe que cada “centopéia” de leds possui interligação com as demais para que assim os leds de cada cor fiquem em série proporcionando uma linha de cores. A polarização começa a ser executada no anodo do primeiro led (direita da figura) e ao final da série os catodos estão ligados a uma linha de controle.
 O controle é simples, pois basta negativar a linha da cor a ser acionada e a diferença de potencial fará a polarização de acionamento desta cor já que na outra extremidade temos a alimentação positiva. Vale lembrar que para cores secundárias teremos o acionamento dependendo da combinação de cores.
 Na figura 5 temos a expansão deste circuito para uma visão mais rica do acionamento. Veja que temos a imagem anterior junto com os transistores de acionamento, que polarizam a régua de leds conforme a necessidade da imagem no momento da tela.
O circuito é mais abrangente, porém, de forma básica, o acionamento é desta forma, portanto, para a manutenção, primeiramente temos que verificar a alimentação, linha de controle e se há algum led defeituoso. Como os leds estão em serie basta um estar problemático para que a linha toda fique desativada.

Figura 5  – Conjunto de leds e linha de acionamento através de transistores

Paulo Roberto dos Santos é Pedagogo,Técnico em Eletrônica e Mecatrônica com especialização em Instrumentação Industrial, atuou por muitos anos na rede Sharp.  Paulo Roberto é autor de diversos livros e editor do boletimtecnicorj@gmail.com, distribuído de forma gratuita,colunista do Jornal Ícone, atuando também como Instrutor e palestrante de manutenção. Possui experiência em manutenção eletrônica com mais de 25 anos







Jornal Ícone - Ed. 219 - Simulando consumo nas fontes dos TV’s LCD e LCD LED!

Fernando José

 Amigos técnicos e leitores, vamos seguir na nossa análise sobre as possibilidades de testes e simulações para detectar possíveis falhas nas fontes desses TV’s!
Vamos falar hoje sobre a simulação de carga nas saídas das fontes desses equipamentos!
Isso é um procedimento que pode evitar que se perca muitas horas e, às vezes muita grana, por se ter feito uma análise errada da falha encontrada no TV.
 Comentamos a matéria passada que algumas informações erradas ou incompletas têm sido passadas por aí, deixando, desta forma, os mais incautos e apressadinhos a ver navios e também a grana escorrendo por entre seus dedos, devido terem feito uma análise errada do defeito e terem condenado a etapa errada do TV!
 Pensando nisso inclusive, superei um certo trauma em relação a fazer montagens de circuitos e desenvolvi um pequeno e simples JIG de testes para as fontes de praticamente todos os TV’s LCD, LCD LED e OLED que estão no nosso mercado!
 Este JIG, foi batizado de PSU – iP – TESTER V1.1 e pode ser adquirido exclusivamente no STAND da TECHNO AV em Cascadura, na Rua Silva Gomes, dentro do SHOPPING de eletrônica, nos BOX 11 e 12, na loja matriz da TECHNO AV em Icaraí, Niterói e também durante nossos treinamentos mensais onde o JIG é vendido com um valor promocional!
 A montagem em si não é uma montagem profissional, pois a intenção não é ser bonitinho e sim, “FUNCIONAR”!
 A ideia me veio a partir do JIG de testes de fonte que foi comercializado pela LG, mas rapidamente retirado do mercado por apresentar uma certa deficiência de operação que estava levando à queima dos circuitos internos do mesmo!
  Então, o que desenvolvi, se baseou nas necessidades reais do técnico na bancada e na simplicidade do circuito!
 No JIG da LG, tínhamos conectores específicos para cada tipo de fonte (exclusivamente da LG é claro) e uma série de LED’s indicadores da existência ou não de qualquer uma das tensões geradas pela fonte!
 O detalhe é que para se fazer isso, era necessário um circuito MICRO CONTROLADOR interno que devia ser alimentado por uma outra fonte que não acompanhava o JIG da LG. Este MICRO CONTROLADOR é que fazia os LED’s acenderem com a presença ou com a falta de qualquer uma das tensões!
 O detalhe principal deste JIG era que, além de só servir para TV’s LG, o seu custo de produção o deixava com um valor relativamente fora dos nossos padrões, pois o mesmo era vendido por R$500,00 e, relembro, só servia para os TV’s LG que, embora estejam entre os mais vendidos, não são os únicos que chegam as nossas bancadas para reparo!
 Daí passei a imaginar se seria interessante preparar algo que pudesse ter a mesma utilidade, pudesse ser utilizado em todas as marcas e modelos e que tivesse um preço dentro do razoável!
 Surgiu então o testador de fontes PSU – iP – TESTER V1.1 do Clube do Técnico – RJ que vocês podem ver na foto abaixo:

  Vamos então entender a utilidade deste equipamento:
  Lembrando do que falamos no artigo do último jornal, falamos sobre uma falha de corrente em uma das linhas de alimentação de uma fonte de TV LCD.
  Nosso caso aqui será em uma TV AOC modelo 26W931 que não liga e não acende o LED indicador de STAND BY.
 Fazendo uma medição na tensão de 5VDC que no caso é a tensão de STAND BY deste TV, encontramos apenas 2,54VDC.
 Desconectando a MAIN UNIT da FONTE, a tensão de STAND BY voltava aos seus 5VDC, mostrando a princípio que tínhamos um curto ou uma fuga de corrente em algum componente da MAIN UNIT que era alimentado pela linha de 5VDC.
  O fato é que temos recebido muitos e-mail’s com pedidos de cotação do valor da MAIN UNIT deste TV e provavelmente se fôssemos uma empresa que visasse apenas o lucro, venderíamos muito mais placas do que vendemos, pois não adianta você vender um item sem ter uma ideia do problema real que o possível comprador esteja tendo, pois nada é pior do que vender um componente ou placa já sabendo que não vai resolver o problema do comprador!
 Aí entra, então, a aplicação do testador!
 Abaixo, temos o conector da fonte que permite a ligação da mesma com a MAIN UNIT do TV, o terminal onde temos a tensão de STAND BY que é de 5VDC e o PS_ON, que é o equivalente do POWER ON que vem da MAIN UNIT para liberar as outras tensões da fonte:
 Ligando os terminais do JIG aos terminais do conector da fonte, pudemos observar que a tensão de 5VDC embora existisse, caiu para 3,56VDC e isso produz um acendimento fraco da lâmpada indicadora de STAND BY do testador.
 Isso nos mostra que o não funcionamento da fonte do TV, não era causado por problema na MAIN UNIT e sim na fonte STAND BY.



  É importante que o técnico se acostume com a intensidade luminosa de cada uma das lâmpadas indicadoras do testador para, assim, poder fazer uma análise mais rápida da situação operacional da fonte sob teste!
  Para terminar, devo informar que a falha da fonte se localizava nos seus capacitores de filtro que, depois de substituídos, permitiram o correto funcionamento do TV!
 Quer saber mais sobre as fontes dos TV’s LCD e LCD LED?
Adquira o meu livro sobre FONTES de ALIMENTAÇÃO – Nível 2:

 Aproveito para convidar os amigos para estarem presentes em nossos treinamentos mensais! Todos os meses um evento diferente que trata de dicas e informações sobre o reparo de TV’s LCD, LCD LED, PLASMA e OLED!
Informe-se pelos nossos e-mail’s: clubedotecnico@gmail.com ou clubedotecnicorj@gmail.com
E também pelos nossos telefones: 25966942, 998394668 (vivo), 980967832 (tim), 975674947 (claro), 985792128 (oi), 996409617 (vivo fixo) e 35872095 (net fone)!
   Conheça o nosso trabalho visitando o nosso site:
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  Fale com a gente pelo SKYPE: clubedotecnico@live.com
  Veja abaixo alguns momentos de nosso treinamento do mês de Julho, que foi realizado no auditório da FASP – RJ, na Rua Senhor dos Passos 241, 1º andar, pertinho da Rua República do Líbano, no centro do Rio!
 Aguardamos vocês lá no próximo evento que será dia 20 de Setembro quando vamos abordar o tema REPARAÇÃO dos TV's PHILIPS das linhas 3, 4, 5, 6 e 7000 + os modelos THRILLER e BERLINALE!













































Fernando José é Técnico em Eletrônica do setor de reparação de eletro eletrônicos, atuando a mais de 30 anos no ramo de reparos de equipamentos de TV e ÁUDIO. É INSTRUTOR do Clube do Técnico – RJ e atua também como técnico da TECHNO AV e da Eletrônica XAVANTES e é editor e autor de vários livros técnicos direcionados a reparação de TV’s LCD, LCD LED e PLASMA!
Fale com o Instrutor Fernando José pelo e-mail do Clube do Técnico – RJ:



Jornal Ícone - Ed. nº 219 - Como eu aprendi eletrônica digital

Paulo Brites

 Quando eu fiz o curso técnico (65-68) o que mais se aproximava de eletrônica digital naquela época chamava-se técnica de pulsos.
 Cheguei a estudar um pouco de aritmética binária, mas todos os circuitos ainda eram valvulados. Os transistores ainda eram um mistério e circuitos integrados nem pensar.
 Ainda durante o curso técnico comecei a lecionar matemática e mais tarde eletrônica, mas acabei, pouco a pouco, me dedicando mais a matemática do que a eletrônica propriamente dita e isto foi até 1976 quando ingressei na Embratel como técnico em eletrônica.
 Foi neste momento que, embora tivesse passado no concurso para Embratel, a “fila tinha andado” e eu estava um pouco defasado e precisando de upgrade urgente.
Aí algumas coisas aconteceram quase simultaneamente.
 A primeira foi entrar para Embratel quase ao mesmo tempo com o João Alexandre da Silveira que, mais tarde, em 79 eu “carreguei” para Revista Antenna onde por muito tempo ele assinou a coluna Projetos do Alex.
O Alex era “circuiteiro” como eu, mas estava mais atualizado. Era um dos poucos técnicos da turma que entrou que se interessava pela “eletrônica de raiz”. Fizemos uma boa dupla que perdura até hoje.
 Mais ou menos na mesma época eu descobri um curso americano por correspondência de alto nível.
 Era o CREI vinculado a McGraw-Hill. Resolvi fazer este curso, caríssimo por sinal e cujo material guardo até hoje. Era uma oportunidade de reciclar a eletrônica e praticar o inglês.
Pra completar a minha sorte, em 78 ganhei um curso de eletrônica digital, pela Embratel, na Ericson em São Paulo. Foram três semanas com oito horas por dia mergulhado em bits e bytes.
 Voltei empolgado e comecei a digerir todo o material sobre digital que achava pelo caminho.  Um detalhe, ainda não existia a Internet!
 Não apenas lia, mas também praticava e em 79 mais uma sorte.
 No período em que dei aula de matemática e eletrônica (67 a 75) tive um aluno (Sergio Starling Gonçalves) que depois também “virou” professor e foi para na Revista Antenna levado ao Dr. Gilberto (o GAP) pelo professor Trindade, diretor do nosso curso. Pois é, a sorte de 79 veio pelas mãos do meu ex-aluno que me levou para Antenna onde estreei em maio com meu primeiro artigo em maio e que acabei de reprisar numa seção do meu site intitulada Baú do Brites.
 A melhor maneira de se apreender alguma coisa é ensinando e, não tenho dúvidas, que é por isso gosto de ser professor. Além de satisfazer meu ego presto um trabalho à sociedade. O conhecimento produz a liberdade.
 À medida que eu estudava e escrevia os artigos para Antenna eu ia aprendendo cada vez mais e formando a base necessária para enfrentar os novos desafios.
 Nesta minha caminhada li muitos livros de eletrônica e hoje percebo que os livros de eletrônica digital que estão no mercado são muito bons para “desencorajar” àquele que se inicia no assunto.
 Alguns clássicos (cujos nomes omitirei por uma questão de ética) tão citados nas bibliografias dos cursos estão completamente defasados até na diagramação que parece do tempo da máquina de escrever.
 Sempre gosto de lembrar Vinicius, o poetinha, “as feias que me desculpem, mas beleza é fundamental”. E o mesmo acontece com os livros, além de um bom conteúdo escrito de forma agradável é preciso ter um bom “look”.
 Por outro lado não vejo em todos estes livros um foco para a reparação, como se todas as pessoas que estudam eletrônica fossem ser projetistas.
 E quem vai consertar o que os projetistas projetam?
 Sempre defendi a ideia de que um projetista deveria começar pela manutenção. Certamente ao projetar um equipamento ele não colocaria um parafuso onde ninguém consegue retirar sem ter que desmontar tudo (principalmente se ele ama a sua mãezinha).
 Há pouco comecei uma série de artigos sobre eletrônica digital no meu site que acabaram tendo uma boa aceitação dos leitores.
 Pensando nisso resolvi aprofundar o tema e como o site tem espaço limitado, as minhas ideias sobre eletrônica digital irão virar livro com um olhar voltado para a manutenção.
 Quando ele sai, eu não sei. Meu perfeccionismo não me deixa dar um prazo, mas quem sabe até o final deste ano.
 Fique de olho no meu site e na minha fanpage que você saberá.
 www.paulobrites.com.br
 www.facebook.com/profpaulobrites

 Até sempre

Jornal Ícone - Ed. 219 - Equipamentos Eletro Eletrônicos podem matar?

Fernando Asaph Jr.

 Podem, e com certeza já mataram muitas pessoas desavisadas que acham que podem abrir um equipamento elétrico ou eletrônico e mexer em seus circuitos sem ter os conhecimentos mínimos necessários para fazer isso com segurança!
 É claro que não estou falando aqui sobre nada parecido com o “CHUK o Brinquedo Assassino” ou algo parecido e sim sobre casos reais!

 Vamos relembrar um caso ocorrido em 2009:

 A notícia não é recente, mas traz à tona os riscos de uma prática que tem se tornado (infelizmente) comum nos dias de hoje!
 O proprietário de um equipamento elétrico ou eletrônico, daqueles que é muito “conectado às redes sociais”, ao se deparar com, por exemplo: o seu TV LCD LED de 52 polegadas inoperante, entra no seu FACEBOOK perguntando se alguém conhece um bom técnico para indicar.
 Aí aparece o “amigo da onça” e diz que “não precisa de técnico” para consertar o TV, pois isso “é moleza” e o técnico só vai querer arrancar a grana do cara para trocar “umas pecinhas baratinhas” que o próprio dono do TV pode trocar gastando só R3,00!
 Aí o nosso amigo conectado entra na conversa do espertalhão e sai à procura de informações na internet sobre o seu TV e o defeito que o mesmo está apresentando.
 Vai então achar um vídeo onde um cidadão, para aparecer na mídia, faz comentários sobre o “roubo” que os técnicos cometem contra o pobre coitado consumidor, cobrando uma fortuna para trocar as “tais pecinhas” como ele diz (pois não sabe nem o nome dele mesmo, e muito menos das peças a que se refere)!
 Ou pior ainda, na minha opinião, vai achar um vídeo de um técnico de verdade que “desejando aparecer na mídia como o salvador da pátria”, da mesma forma que o “internauta usuário metido a técnico”, relatando “como é fácil” consertar esse e aquele defeito, insinuando que é uma “grana fácil de ganhar” , assim depreciando anos e anos de estudos de muitos técnicos para chegarem ao patamar de conseguir realizar da forma segura e correta a manutenção de um equipamento elétrico ou eletrônico.
Primeiro, que se fosse realmente fácil, qualquer um conseguiria fazer e nós que temos uma formação técnica, por mais básica que seja a mesma, sabemos muito bem que não é assim “fácil” como os espertinhos saem por aí falando.
Segundo, e talvez de suma importância: o manuseio indiscriminado de um aparelho elétrico ou eletrônico sem se ter os devidos conhecimentos de onde tocar e onde não tocar, pode e irá com certeza levar a acidentes graves ou até a notícia que coloquei logo no início deste artigo!
 Embora não seja a minha área de atuação, tenho observado, pelos comentários de meu pai e de seus amigos técnicos, que tem sido comum o cliente aparecer em balcão de loja de venda de peças, querendo comprar as tais “pecinhas” pra consertar, por exemplo, o TV dele, porque ele viu a internet que era só trocá-las, que o TV volta a funcionar!
 Aí este esperto consegue comprar as tais “pecinhas”, e se mete a trocar as mesmas, sem ter noção de soldagem ou de onde existem tensões perigosas dentro do TV.
 Vejam o caso do cidadão que morreu tentando consertar seu MICRO ONDAS: ele, além de não ser e nem ter formação técnica, não tinha ferramentas adequadas, já que estava utilizando uma faca para mexer no equipamento e ainda estava com o equipamento, que é metálico, em seu colo, e com o mesmo ligado à tomada!
Ou seja, podemos dizer que ele simplesmente cometeu “suicídio”!
  Fica aqui a dica para vocês técnicos:
- Orientem seus clientes sobre os riscos de se manusear um equipamento que é ligado à rede elétrica sobre os riscos de manusear o mesmo sem saber o que se está fazendo!
- Mostrem a reportagem que citei acima. A mesma está disponível na internet até hoje, e você pode imprimir um pôster e usar como aviso aos clientes, colado na vitrine da sua loja!
- Quando chegar um desses clientes que acham que sabem o defeito do equipamento deles, mostre-lhe que determinadas partes do equipamento possuem tensões elevadas que podem até matar se a pessoa não souber onde pode e onde não pode colocar as mãos!
 E lembre-se, cliente morto não paga o conserto!
 Então informe seu cliente dos riscos que ele corre e mantenha-o vivo, para que ele pague a você para reparar os equipamentos dele!
 Até a próxima edição!
 Fernando José Asaphe Júnior é Técnico em Montagem e Manutenção de MICROS e REDES e também Técnico em Segurança do Trabalho e formando do curso de Relações Internacionais da UFRJ.
Participa também da equipe de colaboradores do Clube do Técnico - RJ



terça-feira, 2 de setembro de 2014

Jornal Ícone - Osciladores a laser prometem aposentar cristais de quartzo

Osciladores a laser podem aposentar cristais de quartzo

O novo componente (à esquerda), visto ao lado de um tradicional oscilador a cristal de quartzo (centro) e de uma moeda, para referência de tamanho. [Imagem: Jiang Li/Kerry Vahala Laboratory/Caltech]
Oscilador a laser
Todos os aparelhos eletrônicos dependem de componentes chamados osciladores, que criam frequências precisas usadas como uma espécie de relógio para determinar seu ritmo de funcionamento.
Agora, pesquisadores desenvolveram uma técnica para estabilizar sinais de micro-ondas na faixa dos gigahertz utilizando como referência um par de feixes de laser, em vez de um cristal de quartzo.
"Os divisores elétricos de frequência amplamente utilizados em eletrônica podem trabalhar em frequências não superiores a 50 ou 100 GHz. Nossa nova arquitetura é uma engrenagem híbrida eletro-óptica que estabiliza um oscilador elétrico de micro-ondas comum em frequências muito mais elevadas, na faixa dos terahertz ou trilhões de ciclos por segundo," explica Jiang Li, do Instituto de Tecnologia da Califórnia.
A referência óptica utilizada pelos pesquisadores é um laser que, a olho nu, não lembra em nada um laser - é um pequeno disco escuro.
Com apenas 6 mm de diâmetro, o componente é ainda menor do que os osciladores de quarto normalmente utilizados, o que o torna adequado para uso nos futuros circuitos fotônicos, que usam fótons em vez de elétrons.
Osciladores de quartzo
Todos se lembram do "clock" dos computadores, mas os osciladores são usados dos relógios de pulso até os equipamentos de radar.
Historicamente - há quase 100 anos - esses osciladores têm sido feitos com cristais de quartzo, que vibram sob ação de uma corrente elétrica para fornecer a referência de frequência.
O problema é que o quartzo só vibra em baixas frequências, na faixa dos megahertz, enquanto hoje os equipamentos estão 1.000 vezes mais exigentes, na faixa dos gigahertz, e já se encaminhando para os terahertz.
Por outro lado, o quartzo vibra de forma tão consistente que hoje se utiliza uma técnica chamada divisão de frequência elétrica para converter sinais de alta frequência em sinais de baixa frequência, e então estabilizá-los usando o cristal.
A expectativa é que os osciladores a laser possam substituir os osciladores a quartzo sem a necessidades desses truques.

Fonte: www.inovacaotecnologica.com.br