quinta-feira, 28 de março de 2013

Jornal Ícone - Ed. 205> Dia Internacional da Mulher é todo dia e toda noite






Carlos Dei


Super Homem, a canção


                                                                     Gilberto Gil

Um dia vivi a ilusão de que ser homem bastaria
Que o mundo masculino tudo me daria
Do que eu quisesse ter
Que nada, minha porção mulher que até então se
resguardara
É a porção melhor que trago em mim agora
É o que me faz viver
Quem dera pudesse todo homem compreender, ó mãe, quem dera
Ser o verão no apogeu da primavera
E só por ela ser
Quem sabe o super-homem venha nos restituir a glória
Mudando como um Deus o curso da história
Por causa da mulher


Tive a felicidade de participar de dois eventos este mês: o Fórum de Desenvolvimento Local Agenda 21 de Paraty, em parceria com o Viva Rio, no qual se discutiu oso temas Saúde, Juventude e Desenvolvimento Local e Segurança, dando especial atenção para aquestão da crescente violência no município, que ocupa hoje no estado o quarto lugar no ranking do Mapa da Violência; O outro, a XV Confraternização entre Mulheres no Morro do Cantagalo no Rio de Janeiro, promovido pela Asplande e Corte & Arte.
Nos dois, estava presente a preocupação com a violência doméstica, sendo que em Paraty a temática da violência contra a mulher ainda não ganhou um corpo e lá se declara que "a mulher aqui está sofrendo muito, apanha muito, e declina para não ser assassinada". Na cidade ainda nao existe uma política, nem um adelegacia de atendimento à mulher.
No Rio, essa abrdagem também foi muito presente, contudo, já com um outro olhar, o olhar da mulher consciente, da mulher empreendedora, guerreira, poeta, superando os limites que a sociedade machista lhe impõe (ou tenta impor) desde sempre. Mas, ainda assim, a realidade da violência contra a mulher, de norte a sul do país, é uma realidade assustadora e ainda escondida sob os tapetes da indiferença machista da sociedade como um todo e precisa acabar.
Eu do meu lado, embora desde cedo venha tendo a preocupação de respeitá-la como espero que todos me respeitem, reconheço e faço uma auto-crítica a respeito dos meus deslizes como macho, em pequenezas do dia-a-dia e, parodiando o cacique, digo que "Dia Internacional da Mulher" é todo dia e toda noite.
Eu amo a minha esposa, a minha filha, a minha mãe e a minha irmã (estas já ausentes deste mundo), as minhas amigas, tias, primas, professoras, colegas, as mulheres de um modo geral. Perdoem o nosso machismo, as nossas arrogâncias, nossos deslizes, nossa pequenez frente à grandiosidade que é o ser feminino, o que representam em nossa vida cotidiana, desde o nosso nascimento.
Abaixo qualquer discriminação, destrato, violência contra a mulher!
P.S. Por uma série de razões técnicas, não atualizmos o blog com a edição de março. Pedimos sinceras desculpas.

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