segunda-feira, 11 de março de 2013

Jornal Ícone Ed. 205 - É o Facebook do futuro e ele nem mesmo precisa de você

Danielle Logue - The Conversation

  No começo, tratava-se de organizar e vender dados e conteúdo gerado pelos usuários, mas agora parece que "eles" nem mesmo precisam de você.
  E se houvesse uma empresa que vasculhasse a web e mapeasse suas conexões, mostrando a quantos "graus de separação" você se encontra de outros participantes importantes da sua indústria? E dos tomadores de decisão? E dos políticos?
  Diferentemente do Facebook e do Linkedin, ela não requer que você se cadastre ou forneça qualquer tipo de informação - todos os seus dados já estão disponíveis na rede.
 E, se você quiser ver suas conexões, só precisará pagar US$3.000 por ano.
 Você poderá digitar o nome de qualquer figurão da indústria, e o motor de busca vai procurar por pessoas que você conhece e que também conhecem o figurão, mapeando as conexões secundárias ou terciárias.
 Ele então lhe dirá como você está conectado, talvez através de amigos ou fóruns ou organizações, e até mesmo o grau de qualidade das conexões (forte, médio ou fraco).
  Não, isso não é um exercício de futurologia.
 Esse projeto já é realidade, segundo um artigo publicado no New York Times pelo jornalista Andrew Ross Sorkin.
  Parece que esta é outra tecnologia que logo estará em jogo no que ele chama de "economia da reputação".
  Neil Goldman é o fundador do start-up Relationship Science (ciência do relacionamento), que (por enquanto) está se concentrando em mapear a elite corporativa dos Estados Unidos.
  "Vivemos em uma economia de serviços... construir relacionamentos é a parte mais importante para vender e crescer," comenta ele no artigo do NYT.
  No entanto, há limites, reconhece Goldman. Embora a tecnologia forneça o mapa, você ainda precisará da "arte" de construir relacionamentos.
  A forma como essa tecnologia fornece um mapa das ligações das redes sociais - as reais - tem a ver com as ideias sociológicas clássicas sobre redes, ideias que são cada vez mais importantes de se articular na educação para o empreendedorismo.
  Além das noções amplamente divulgadas dos seis graus de separação, o sociólogo Mark Granovetter cunhou a frase já clássica "a força dos laços fracos".
  Ele se refere ao valor oriundo do acesso e das conexões com grupos de pessoas muito diferentes.
  Estes laços, embora fracos ou casuais, são indispensáveis para os empreendedores na identificação de oportunidades, reunindo conhecimento em múltiplas indústrias ou múltiplos níveis de uma organização, criando e reconhecendo tendências de mercado e, eventualmente, posicionando você mesmo como um intermediário entre esses grupos tão diversos.
  O mercado dirá se as pessoas concordam com isso, o que poderá ser auferido pelo sucesso ou fracasso do Relationship Science.
  De acordo com Sir Tim Berners-Lee, o armazenamento de dados desse tipo é o equivalente digital da dinamite.
  Embora inicialmente possa parecer novidade criar medidas de reputação e de pedi-las a candidatos a emprego, os dados que podem ser acumulados - por uma série de interessados - coloca a economia da reputação no centro de questões como a identidade, privacidade, segurança e, em última análise, a liberdade (de mudar).
  Esteja alerta, e possivelmente alarmado, com o que será necessário para ser bem-sucedido na (digital e historicamente arquivada) economia da reputação.
Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=facebook-futuro-nem-mesmo-precisa-voce&id=010150130306&ebol=sim

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