sexta-feira, 24 de abril de 2015
Jornal Ícone - ed. 226 - O desafio do entrelaçamento de luz e matéria
Carlos Dei
“Sim, minha
força está na solidão.
Não tenho medo
nem de chuvas tempestivas
nem das grandes
ventanias soltas,
pois eu também sou o escuro da noite.”
Clarice Lispector
Relativo,
meu caro Einstein! Lixos são transformados em verdadeiras artes e certas “artes”
são verdadeiros lixos. A vivência em uma sociedade tecnológica e de consumo nos
remete a permanentes conflitos e questionamentos. Conservamos valores de outras
raízes, mas também somos impelidos imperativamente ao novo, para não perdermos
o “trem bala” da evolução. Obviamente, desde que essa trajetória não nos
avilte, nem desconsidere o outro e a verdade do outro, o equilíbrio coletivo.
Vivemos em
um mundo fatigado, no qual necessitamos permanentemente rever os nossos
valores, as nossas “certezas absolutas”, reciclar nossos materiais,
pensamentos, ações, para que o desafio do entrelaçamento de luz e matéria, no
teletransporte quântico e na computação quântica, a transmissão de informações
acima da velocidade da luz nos redima do eterno sentimento de rapina.
Parafraseando
Clarice Lispector, para que sejamos, sem início e sem fim e, na “ausência
vital”, consigamos dar passos subsequentes, sem arremessar os botões nos lixões
ou os lixos nas veias abertas, com as quais nos rejuvenescemos, fluímos e
convivemos, cercados dos tablets, smartphones, apps, instagrans, redes sociais,
VLTs, medos, descasos, drones, web espiã e fofoqueira, poluições..., vontades,
determinação..., entrelaçados com a delicada e louca realidade que é a nossa
civilização.
Jornal Ícone - ed. 226 - Educação tecnológica. O que deu certo em outros países?
André Pereira
Falei
inúmeras vezes de programas educacionais ao redor do mundo, o que deu certo e o
que jamais dará certo. Nas ocasiões, não ia muito a , pelo fato de poder dar ao
leitor espaço para suas pesquisas pessoais.
Recentemente,
tivemos uma trágica ação policial que culminou no assassinato de uma criança de
10 anos e gente sem noção manipulando a imagem para parecer que foi um bandido
e quem não procura se informar indo e caindo nessas manipulações, dando mais
força e mais motivos para a polícia matar mais ainda com um pretexto
ultrapassado e ignorante.
O cenário
jamais irá mudar, sem mudar a forma de educar. Falo educar de maneira
sistemática os adultos e as crianças e a tecnologia é o único caminho que conseguiu
reverter essa CULTURA colocada dentro das favelas e áreas carentes. Segundo o
incentivo a autoestima, mostrando e incentivando as crianças que elas são
capazes e que seus pais podem ajudar e se verem capazes, também.
Não teremos
mudanças no atual cenário, sem mudar uma cultura de forma enérgica e voltada
para o bem estar de todos, como implantar uma educação tecnológica nas escolas,
creches, clubes e locais públicos. Ensinado os jovens a fazerem tarefas
desafiadoras e não obrigadas para conseguir pontos, mas para verem resultados.
Por exemplo, funções matemáticas, que são praticadas no mundo real somente na
faculdade, essa cultura precisa mudar e fazer crianças e jovens aprenderem a
usar as ferramentas da escola no dia a dia e verem utilidade no que aprenderam
na escola. Por outro lado os professores precisam ser mais interessados em
passar o conhecimento e incentivar os alunos a respeitarem e seguirem regras.
Seguindo aí o estado, que deveria se apresentar como mediador em promover a
educação tecnológica de maneira sólida e os meios de mídia, mudando cultura de
programas podres, lixo e esgoto como são as novelas e outras tranqueiras com
foco na vingança, ódio, raiva, traição e ilusão. Poderia ter os mesmos
programas incitando a população a se desenvolver e se olhar como pessoas
capazes. Focando o empreendedorismo e a ação conjunta contra ameaças sociais,
como o tráfico de drogas. Sim! Se a diminuição de consumidores e a repressão
pelo estado de forma inteligente, associado à mídia mais próxima do povo, os
traficantes não teriam para quem vender e teria mais gente disposta a rejeitar
a formação de grupos armados em seus locais de desenvolvimento humano e social,
com a ajuda da educação tecnológica. Mas como assim, educação tecnológica? A
resposta é simples. Se uma estrutura governamental funciona, como a polícia que
não pode ser corrupta, então cabe ao cidadão usar todos os meios e métodos para
comunicar quem está saindo da linha legal de convivência e harmonia. Podendo
pessoas e grupos separarem o que não presta de quem quer ter paz.
A educação
tecnológica é a única forma de se alcançar resultados, pois dá ao povo o
conhecimento por diversos meios e por diversos modos. Por exemplo, podemos
citar a crescente onda de uso de câmeras escondidas em carros e motos com o
intuito de segurança, mas pode ser usado com o intuito de conhecimento, para
avaliar comportamentos e consertar o que já fora filmado e não se quer repetir.
Outro exemplo é o de crianças que podem chamar, em uma emergência, uma
ambulância para um ente em casa passando mal, pois já sabem usar um aparelho
tecnológico como o celular ou o computador e treinadas, na escola ou em casa,
salvar vidas.
Em muitos
países, como a CHINA, as escolas estão mudando paradigmas. Levando mais
conhecimento aos cidadãos e incentivando estes a se olharem como pessoas
capazes, mudando o conceito de ensinar pela força. Os professores participam de
fóruns permanentes para discutirem o sucesso de alguma escola e saber como
aplicar os métodos em outras. Vi em uma reportagem no canal TV escola onde um
professor mostra como ensina na sala de aula e sai com os alunos para mostrar
como e onde é aplicado aquele conhecimento e usam de todos os meios para tal,
como o computador, o celular e aparelhos diversos. Usam a mecânica e a eletrônica
com software para incentivar aos jovens e crianças a praticarem tarefas em casa
junto com os pais, levando conhecimento também a eles.
Não há
outra forma de se livrar da guerra do tráfico nas favelas e periferias só com
polícia e sendo essa tão corrupta quanto o traficante, é uma perda de tempo e
de vidas. Somente a interação do indivíduo com o saber dará ferramentas para
uma sociedade evoluir. As tecnologias já existem, basta dar a devida educação
para que elas sejam aplicadas ao bem comum e trazer felicidade com harmonia
para todos, pois o caos em que vivemos é o resultado da falta de ordem nessa
educação que precisa ser modelada e aplicada.
Eu sou
André Pereira da Silva e espero ter mostrado o que penso a respeito do saber
coletivo, da educação tecnológica e da vivência coletiva. Meu e-mail
andrepereira@ig.com.br.
Paz
profunda!
Jornal Ícone - ed. 226 - Codificação européia, americana e japonesa para Transistores e Diodos
Waldyr Souto
A
variedade de transistores e diodos nos aparelhos de TV aumentou muito, hoje em
dia, diminuindo bastante a disponibilidade dos mesmos nas lojas de eletrônica. Apesar
de parecer simples, muitas vezes, arrumar um transistor ou um diodo substituto pode
se tornar uma tarefa árdua. O fato é que não é tão simples, não é só verificar as
características principais (Voltagem, Corrente e Potência) e se é NPN ou PNP,
ou se é zener ou diodo comum. Além disso, conhecer o significado das
codificações utilizadas nas nomenclaturas desses componentes ajuda também
bastante e simplifica muito o trabalho.
Existem
várias codificações para as nomenclaturas dos semicondutores. Abordarei aqui,
as mais importantes, as mais usuais e direcionadas para transistores e diodos.
A principais codificações
são: PROELECTRON – Europa /JEDEC – Estados Unidos /JIS –
Japão.
PROELECTRON
Podem ser iniciados por 2
letras ( Uso comercial ) ou por 3 letras ( Uso profissional ). A primeira letra
indica o tipo material:
A: Germânio.
B: Silício.
A segunda letra indica a
principal aplicação:
A: Diodos detetores, misturadores e de comutação.
B: Diodo varicap. ( Capacitância variável )
C: Transistor de baixas potências para audiofreqüência.
D: Transistor de médias e altas potências para audiofreqüência.
E: Diodo Túnel.
F: Transistor de baixas potências para radiofreqüência.
L: Transistor de altas potências para radiofreqüência.
N: Acoplador ótico.
P: Foto-diodos e outros componentes sensíveis à radiação.
Q: Diodo Emissor de Luz e outros componentes emissores de radiação.
R ou T: Tiristores e outros componentes de controle ou de comutação disparada.
S: Transistores de comutação baixas potências.
U: Transistores de comutação altas potências.
X: Varistores e diodos combinados.
Y: Diodos retificadores e diodos de potência.
Z: Diodos Zener.
A
terceira letra, se houver, indica se o componente é de uso comercial ou
profissional:
W e X: Componentes de uso comercial.
Y e Z: Componentes de uso profissional.
Exemplos: BC337B
B: Silício
C: Transistor para faixa de áudio
337 : Número de série do transistor
B: 60 Volts ( Sem letra: 50 Volts )
BYZ10
B: Silício
Y: Diodo retificador
Z: Uso o profissional
10: Série numérica do diodo.
Os pequenos diodos podem
aparecer com as três letras iniciais codificadas na cor do corpo do diodo: Corpo
verde: BAV / Corpo azul: BAW / Corpo preto: BAX
Nestes casos, os 3
algarismos da série numérica são indicados por faixas do código de cores com
valores equivalentes ao código usado nos resistores. Para esses diodos, a primeira
faixa e mais grossa fica próxima ao terminal do catodo.
Diodo Zener:
Após a série numérica, utiliza-se
geralmente de uma letra seguida pela tensão zener , usando a letra V como vírgula.
A primeira letra indica a
tolerância da tensão de trabalho. Quando aparece a letra R ao final, significa
que a polaridade é inversa.
Letra após a série numérica:
A: 1%
B: 2%
C: 5%
D: 10%
E: 15%
Exemplo: BZX79C6V8
B: Silício
Z: Diodo zener
X: Uso comercial
79: Série numérica do diodo.
C: Tolerância de 5% na tensão
de trabalho.
6V8: Valor da tensão zener. (No
caso, o “V” representa a vírgula) = 6,8 Volts
JEDEC
O
código Jedec é iniciado basicamente por um número, seguido pela letra N,
mais a série numérica. O número inicial indica a quantidade de junções do
semicondutor, 1 para o diodo e 2 para o transistor. A letra N significa
o material silício.
Exemplo: 2N2236
2: Transistor
N: Silício
2236: Série numérica.
1N4148
1: Diodo
N: Silício
4148: Série numérica.
Em
caso de diodos indicados por código de cores, pode haver de 3 a 5 faixas
coloridas, conforme mostra a tabela a seguir, sendo que, não há faixas para
indicar “1N”, as primeiras faixas representam a série numérica e, se a primeira
faixa for preta, não terá valor algum. A última faixa costuma ser a letra do
sufixo. A faixa próxima ao terminal do catodo tem espessura dupla.
COR -
SERIE
NUMÉRICA - LETRA
PRETA 0
-
MARRON 1 A
VERMELHA 2 B
LARANJA 3
C
AMARELA
4
D
VERDE 5 E
AZUL 6 F
VIOLETA
7 G
CINZA 8 H
BRANCA 9 J
JIS
É
uma codificação iniciada pelo número 1 ou 2, sendo 1 para diodos e 2 para
transistores, seguida por um par de letras que indicam o tipo e a aplicação do
semicondutor conforme tabela a seguir. Em seguida temos a série numérica do
componente.
SA: PNP para HF SJ: Mosfet canal P
SB: PNP para AF SK: Mosfet canal N
SC: NPN para RF SM: Triac
SD: NPN para AF SR: Retificador
SE: Diodos SS:
Diodo de sinal
SF: Tiristores SV:
Varicaps
SH: Unijunção SZ: Diodo Zener
Exemplo: 2SC2235
2: Transistor
SC: NPN para aplicação em RF.
2235 – Série numérica do
componente.
1SS101
1: Diodo
SS: De sinal
101: Série numérica do
componente.
Como o leitor pode ver, este assunto não se
esgota em um breve artigo como este, mas, as informações aqui passadas vão
ajudar muitos colegas na hora de escolher um diodo ou um transistor, para
substituto ou para uso em uma placa de TV.
A partir deste mês, a Esate
estará com uma bateria renovada de cursos revisados e atualizados nas áreas de
Computação, Eletrônica, Componentes SMD,Televisores modernos, Mesas de Som,
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Filmagem Fotografia e Edição de imagem, vídeo e som.
Associe-se! Solicite maiores
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em contacto comigo e com outros amigos da profissão para obter dicas e
orientações. Maiores detalhes, ligue para (21)2655 0312.
Waldyr
Souto Maior é professor de eletrônica na ESATE, possui cursos no exterior, é
autor de alguns livros técnicos e é vice-presidente da Asfeteb (Associação
Federal dos Técnicos em Eletroeletrônica do Brasil: esate.asfeteb@ig.com.br)
Jornal Ícone- ed. 226 - Dando um jeito com a sucata
Paulo Roberto
Este artigo
vem ao encontro das dúvidas de alguns colegas de como adquirir material para
manutenção de televisores LCD & LED. Na realidade, com a diversidade de
modelos na praça, fica difícil encontrarmos uma variedade de componentes, pois
determinadas peças são encontradas somente naquele modelo distinto. Existem
lojas que estão se adequando com esta finalidade e também praticam um preço
justo. Cabe ao técnico reparador ajudar o lojista e indicar componentes que
costumam apresentar mais problemas e assim proporcionar que sejam adquiridos
pelas lojas e não tenhamos esta dificuldade de encontrar alguns materiais.
Uma boa
recomendação, que já tínhamos no passado, é a boa e velha sucata. Descartar
aparelhos, que foram abandonados, ou que não tem mais jeito, sempre não é
aconselhável, pois a retirada das placas destes televisores pode quebrar um
galho e, assim, ajudar na hora de passar um orçamento que ajude o cliente a aceitar
executar o serviço.
Se o leitor
não tem a sucata em sua casa, pode adquirir placas de uma maneira rápida e
segura, ou seja, na Clink, em Cascadura na Silva Gomes 43. Esta minha
recomendação se dá por vários fatores.
Uma
recomendação é pela variedade de placas que podemos encontrar a um preço de apenas
R$10,00. Este fator já é relevante, pois além de termos a certeza de peças
originais, encontramos também placas em perfeito funcionamento.
Figura 1 –
Oswaldo recebendo um lote novo de placas
Evidentemente
que as placas são sucatas, portanto não devemos achar que todas estão
funcionando, mas, pessoalmente, já adquiri algumas que se encontravam em
perfeitas condições de funcionamento. Independentemente disso, o fato de termos
peças originais, compradas por R$10,00 já justifica adquirir estas placas, pois,
quando não achamos um determinado componente, podemos fazê-lo desta forma. A
Clink possui também à venda telas, no estado, a um bom preço, bastando levar ao
Oswaldo e Sérgio o código da tela. Não levem o modelo do televisor, apenas
levem o código da etiqueta colada na tela, pois as telas vendidas na Clink
estão catalogadas pelo seu número.
Uma
novidade da Clink, que fiquei sabendo com o Oswaldo, é a venda de barramentos
de leds dos backlights desmontados. Este novo produto vendido na loja é bem
conveniente, pois também está a R$10,00, e traz uma nova alternativa para a
manutenção, pois os leds dos backlights têm apresentado muitos problemas,
portanto efetuando a compra destes, barateamos o orçamento e podemos convencer
o cliente a aceitar a manutenção. Caso o leitor tenha dúvidas para desmontar a
tela, sugiro que faça o meu Treinamento em Tvs LCD & LED, pois neste, além
das informações de funcionamento, temos a parte prática da aula e entre estas
está a desmontagem de telas. Informações dos Treinamentos ligar para 996780087
( whatapp ), 25973368 ou treinamentosbte@gmail.com.
Figura 2 –
Barramentos de leds à venda e placas
Não devemos
desconsiderar guardar sucatas destes televisores, pois uma placa ou um
componente na hora certa ajuda a manutenção. Outra opção é guardarmos também a
tela do aparelho, mas caso o leitor ache que o espaço fica comprometido, sempre
temos a Clink como opção para esta finalidade. O importante a ser avaliado
nesta matéria é a ideia de levarmos em consideração o bom uso da sucata. Ela
sempre nos ajudou no passado e agora, mais do que nunca, fica evidente a sua
importância.
Antes de
terminar gostaria de lembrar ao leitor que meus livros já estão à venda em sua
nova Coletânea intitulada “Coleção Multimarcas de TV LCD”, onde abordo os
defeitos de cada marca. E para aqueles que ainda não conhecem meu trabalho
anterior, levo ao conhecimento a “ Coleção LCD “ que apresenta em cada edição
um setor da TV a ser analisado. Procure se informar e adquirir estes livros,
que trazem informações interessantes para a manutenção.
Paulo
Roberto dos Santos é Técnico em Eletrônica e Mecatrônica com especialização em
Instrumentação Industrial, atuou por muitos anos na rede Sharp. Paulo Roberto é
autor de diversos livros e editor do boletimtecnicorj@gmail.com, distribuído de
forma gratuita, colunista do Jornal Ícone, atuando também como Instrutor e
palestrante de manutenção. Possui experiência em manutenção eletrônica com mais
de 25 anos
Jornal Ícone - ed. 226 - Telas LCD! Verdades e Mentiras!
Olá para
todos!
Vamos
comentar um pouco sobre um assunto do qual tenho recebido algumas perguntas,
tanto em nosso e-mail quanto pelo nosso canal no FACEBOOK.
Vários
colegas técnicos têm me questionado sobre a possibilidade de se realizar a
troca de uma tela LCD por outra de modelo diferente!
Vejam que
quando se fala em modelo diferente de tela, não estamos falando de modelos de
TV e sim do modelo do painel LCD, que é identificado pela etiqueta colada na
sua parte traseira, como vemos na foto abaixo:
O modelo
indicado na etiqueta indica o nome do fabricante do painel, e através desse
código podemos localizar o DATASHEET deste painel e nele poderemos saber todos
os detalhes sobre as características desse painel!
Diferente
dos tubos de imagem, em que a troca era feita baseada nas polegadas, tipo de
canhão (IN LINE, DELTA ou TRINITRON) e sua tensão de foco (ALTO ou BAIXO)!
Esses eram
os parâmetros a serem observados e, é claro, um não podia ser colocado no lugar
do outro, mas existiam apenas estes trê tipos de canhão eletrônico e dois tipos
de tensão de foco!
Dessa
forma, era muito mais fácil e provável de se encontrar um tubo de imagem
compatível para se solucionar o problema de um TV com o tubo de imagem
danificado!
Já em se
tratando de TV’s LCD e LCD LED, a coisa é bem mais complexa, pois a quantidade
de detalhes que diferem um modelo de painel de outro, é muito maior e a
quantidade de marcas e modelos, maior ainda!
Então,
saiba que nem tudo são flores e não acredite quando alguém te tentar vender a
ideia de que é “mole mole” colocar um painel LCD no lugar de outro e que “não
requer prática nem habilidade”!
Isso é só
papo de vendedor que está querendo te vender uma tela!!!!!!
Na verdade
até podemos realmente fazer a troca de uma tela de um determinado modelo por
outra, mas isso na verdade só compensa se:
-
Estivermos em uma daquelas situações onde a tela quebrou nas nossas mãos e temos de devolver o TV ao cliente,
pelo menos da mesma forma
que nos foi entregue!
- Temos uma
tela em boas condições, guardada em nossa sucata, que pode
ser
colocada no lugar de outra e, assim, podemos reduzir o valor de um
orçamento,
de troca de tela, fazendo com que o cliente aprove a execução
do serviço!
Fora essas
situações, pelo menos na minha opinião, não é uma coisa compensadora fazer este
tipo de procedimento, pois além do valor de uma tela não ser dos mais baixos
(fato inclusive pelo qual normalmente nem nos atrevemos a dizer ao cliente o
valor de um orçamento para a troca de uma tela), o trabalho envolvido em
modificações e adaptações, acabam por nos tomar tanto tempo que, no final, pode
não compensar com o valor que pode ser cobrado!
Outro
detalhe é que, em geral, as telas que podem ser substituíveis, são para TV’s de
baixa qualidade, antigos e que em sua maioria nem tem TUNER DIGITAL (não
sintonizam os canais digitais) e nem são HDTV e muito menos FULL HD!
Ou seja, dá
prá fazer, mas, no fim, não compensa!
Mas veja
que aqui eu estou colocando a minha opinião profissional e não uma regra que
deva ser obedecida!
Apenas
citei os detalhes envolvidos nessa situação e que normalmente não vão ser
informadas por quem quer tentar te vender uma tela!!!!!
Então, pense
nos pros e contras antes de se decidir pelo que fazer!
Quer saber
mais sobre como diagnosticar as falhas das telas LCD, placas T-CON e também das
placas V_COMM (não sabe o que é uma placa V_COMM? Então é ainda mais
interessante para você vir participar de nosso treinamento).
Dia 25 de
Abril estarrmos mais uma vez realizando um de nossos encontros técnicos no
auditório do IATEC, na Praça Tiradentes, Centro do Rio!
Mande-nos
um e-mail ou nos ligue e se informe sobre como se inscrever para este
treinamento!
Não é um
treinamento apenas com teoria de funcionamento, pois nosso trabalho sempre foi
e continua sendo o de levar ao técnico informações reais de bancada, dicas de
reparação, que vão permitir aos participantes poderem reduzir o tempo de análise
para a conclusão de um orçamento!
E
lembre-se: TEMPO é DINHEIRO!
Quanto mais
rápido (em menos tempo) você consegue diagnosticar uma falha e informar ao
cliente o valor do reparo, mais fácil será que ele aprove a realização do
serviço (dinheiro entrando)!
Veja este
exemplo de falha mostrado abaixo:
Em geral, o
sintoma diz aos mais apressados que se não for um mal contato em algumas linhas
de comunicação de um dos FLAT’s RSDS que ligam a T-CON à tela, será a própria
tela defeituosa!
É isso
mesmo?
Não!!!!
Existem
outros pontos que podem causar este mesmo tipo de falha!
Um deles é
a própria placa T-CON com alguma falha de alimentação em uma de suas etapas ou
na V_COMM.
Ou seja,
muitos TV’s tiveram seu destino selado de forma errônea, por um diagnóstico
apressado!
Lembre-se
de que a pressa ainda é e sempre será a “inimiga da perfeição” e aqui também
inimiga do seu bolso, pois se você condenou um TV por achar que o defeito era
tela, só de olhar o sintoma acima, pode ter perdido uma ótima oportunidade de
retirar um único capacitor SMD de uma placa V-COMM e ganhar uma boa grana!
Quer saber
mais?
Quer ter
contato com pessoas que trabalham no dia a dia da reparação e realmente podem
te ajudar a solucionar vários problemas que surgem em sua oficina?
Aproveito a
oportunidade para informar também que estamos marcando para o mês de Maio, a
nossa turma de CFTV com INSTALAÇÃO de CONFIGURAÇÃO de CÂMERAS, DVR’s e ACESSO
REMOTO VIA INTERNET!
Este será
um treinamento voltado a trabalhos práticos como foi o nosso evento de Março em
que realizamos atualizações de software nos TV’s dos alunos!
Neste
evento de Maio, que será restrito a uma pequena quantidade de alunos, para que
se possa atender a todos durante a aula, vamos demonstrar e ensinar como
instalar as câmeras, os DVR’s e realizar, na prática, a configuração do acesso
remoto pela internet e via celular das imagens das câmeras!
Entre em
contato e faça sua inscrição, pois só temos ainda 8 vagas disponíveis para este
evento!
Venha
participar de nosso clube, o Clube do Técnico – RJ!
Não temos
filiais! Não temos representantes!
Se não
tiver a sigla “RJ”, não é Clube do Técnico!
Fale com a
gente:
Nosso novo
e-mail:
clubedotecnicorj@gmail.com
Nosso site:
http://clubedotecnicorj-pro-br7.webnode.pt/
Nosso grupo
no FACEBOOK:
https://www.facebook.com/groups/clubedotecnicorj/
Nossa loja
virtual onde você pode adquirir nossos livros no formato E-BOOK:
https://clubedotecnicorjprobr.tudonavitrine.com.br/
E nossos
telefones de todas as operadoras:
25966942 –
998394668 (vivo) – 980967832 (tim) – 975674947 (claro) – 985792128 (oi) –
998109037 (vivo) e 35872095 (net fone), de segunda a sexta feira, entre 10h e
18h!
Até a
próxima se DEUS quiser!!!
Fernando
José é Técnico de Eletrônica e trabalha a mais de 30 anos com técnico na área
de reparação de eletro eletrônicos e instrutor!
Atualmente,
trabalha na TECHNO AV em Icaraí, Niterói e é autor de vários livros técnicos
direcionados justamente a manutenção de TV’s e outros equipamentos!
Também é o
editor e distribuidor do boletim técnico “Clube do Técnico em Revista” que é
distribuído aos técnicos via e-mail e também pode ser encontrado nos balcões
das principais revendas de componentes eletrônicos do Rio e cidades vizinhas!
Jornal Ícone - ed,226 - Fonte de Corrente com PIC
1. Material
utilizado
Para
demonstrar o funcionamento do experimento foi utilizado o kit didático Cerne
Fonte de Corrente disponível na figura 1.
Figura 1:
Kit Didático Cerne Fonte de Corrente
Fonte:
http://www.cerne-tec.com.br
Como
literatura de apoio, o livro Fonte de Corrente com o PIC, conforme apresentado
na figura 2.
Figura 2:
Livro Fonte de Corrente com o PIC
Fonte:
https://clubedeautores.com.br/
2. O que é
uma fonte de corrente
A saída para
a fonte de corrente, disposta na placa didática fornece de 0 a 250 mA. A carga
é conectada no conector da figura 3.
Figura 3:
Conector para conexão da carga
Uma fonte de
corrente é representada pelo símbolo da figura 4.
A principal
característica da fonte de corrente é manter o fornecimento de corrente
independente da carga que é colocada em série com a mesma.
Na figura 5, é
apresentado um resistor (carga) ligado em série com a fonte de corrente
ajustada para 50 mA.
Figura 5:
Carga de 10Ω conectada a fonte de corrente
O exemplo da
figura 5 mostra uma fonte de corrente que fornece 50 mA a uma resistência de 10
Ω. Já o esquema da figura 6 mostra a mesma fonte de corrente, porém alimentando
outra carga de 20 Ω.
Figura 6:
Carga de 20Ω conectada a fonte de corrente
Essa é a
principal característica da fonte de corrente, ser capaz de manter uma corrente
constante independente do valor da carga a ela conectada.
3.Resistor
shunt
O resistor
shunt nada mais é que um resistor de baixíssimo valor, ligado em série com a
carga usada para fornecer um feedback (retorno) ao microcontrolador, com isso o
microcontrolador identifica se a corrente fornecida está em conformidade ou não
com o esperado. Por exemplo, a figura 7 ilustra como é conectado este resistor
ao circuito.
Figura 7:
Resistor shunt ligado ao circuito
Toda a
corrente passa pela carga assim como no resistor shunt, gerando desta forma uma
tensão de feedback proporcional a corrente do circuito. O resistor shunt usado
na placa Cerne Fonte de Corrente é de 0,2 Ω. Logo, a tensão de feedback
proporcional à corrente será dada pela Lei de Ohm como expresso no box 1.
Como na
demonstração, o valor de R vale 0,2 Ω, resultará em , onde a corrente I dependerá da corrente que
estiver passando pelo circuito. Por exemplo, suponha o circuito da figura 8 com
a seguinte carga conectada.
Figura 8:
Feedback com carga de 20 Ω
A tensão no
ponto feedback será dada de acordo com o box 2.
Box 2:
Achando a tensão de feedback
Este valor
será alcançado independente da carga ôhmica conectada ao circuito. Note que no
caso da figura 9, o valor da tensão de feedback seria o mesmo.
Figura 9:
Feedback com carga de 30 Ω
O circuito
está preparado para suportar uma corrente máxima de até 250 mA, logo a tensão
máxima de feedback será dada de acordo com o box 3.
Box 3:
Achando a tensão de feedback máxima
Observe que
esta tensão é relativamente pequena para a entrada analógica do
microcontrolador já que nominalmente esta trabalha na faixa de 0 a 5 V. Sendo
assim, será utilizado um circuito amplificador de tensão usando um amplificador
operacional (AOP) conectado ao ponto de feedback que irá amplificar em 100 este
sinal. Um circuito amplificador não inversor é obtido conforme apresentado na
figura 10.
Figura 10:
Amplificador não-inversor
O ganho
deste circuito é dado pela relação entre R1 e R2, de acordo com o box 4.
Box 4:
Determinando o ganho do AOP
Como
R1=100kΩ e R2=1 kΩ, o ganho está configurado para G=101, onde é considerado o
ganho igual a 100. Desta forma, quando a tensão de feedback for igual a 0,05V,
na entrada do AD do PIC o valor de 5V estará presente. De modo linear, será
obtido toda a leitura na faixa de 0 a 250 mA, dando uma tensão de 0 a 5 V como
expresso no gráfico da figura 11.
Figura 11:
Gráfico com a resposta do conversor AD
Desta forma,
o microcontrolador será capaz de controlar a corrente fornecida à carga de modo
a deixá-la no valor ajustado na fonte de corrente, daí a importância do retorno
de feedback usando o resistor shunt. O circuito completo da parte de feedback
pode ser visualizado através da figura 12.
Figura 12:
Circuito com AOP completo
A saída
AD_PIC ficará conectada a entrada AN0 do microcontrolador PIC16F876A.
4.FET como
fonte de corrente
Como fonte
de corrente, o FET IRF540N é utilizado. (Figura 13)
Figura 13:
FET IRF540N
Fonte:
http://www.irf.com/product-info/datasheets/data/irf540n.pdf
Esse FET
apresenta uma resistência DRENO-SOURCE (VDS) de 44 mΩ, suficiente para a
aplicação. A região linear deste FET será utilizada, onde alterando a tensão de
GATE a corrente que fornecida a carga será ajustada de maneira linear. A curva
da região linear do FET está apresentada na figura 14.
Figura 14:
Curva do FET IRF540N
Fonte:
http://www.irf.com/product-info/datasheets/data/irf540n.pdf
De acordo
com a figura 14, quanto maior a tensão aplicada ao GATE (VGS), maior é a
corrente ID, ou seja, a que alimenta a carga na fonte de corrente. Observa-se
assim que o microcontrolador controla a corrente fornecida à carga ao ajustar a
tensão no GATE do FET (VGS). Para fazer
isso, o PWM do PIC é usado com um filtro na saída, onde assim poderá ser
escalonar de uma tensão que irá de 0 a 5V, como pode ser visto na figura 15.
Figura 15:
PWM com filtro na saída
O PWM é
usado no modo de 8 bits, que possui uma faixa de valores de 0 a 255 para
ajustar o PWM. Sendo assim, quando o duty cycle for ajustado para 255, obtêm-se
a tensão de 5V e quando for ajustada, por exemplo, para 127 o valor de 2,5 V. A
representação em um gráfico linear pode ser visualizada na figura 16 de acordo
com o valor ajustado no duty cycle e a tensão obtida na saída do filtro.
Figura 16:
Tensão de saída de acordo com o duty cycle
Porém, note
que o FET é alimentado com uma tensão DC de 12V, mas a saída do
microcontrolador é de 0 a 5V, tensão insuficiente para controlar o VGS do FET.
Sendo assim, um amplificador não inversor baseado em um AOP é empregado para
obter na entrada do FET a faixa de 0 a 12V. Para obter este resultado consulte
o circuito na figura 17.
Figura 17:
Amplificador não-inversor do PWM
O ganho será
determinado pela relação entre R1 e R2, neste caso 3,13. Desta forma, quando a
tensão de 2 V estiver presente na saída do PWM, observa-se 3,13 . 2= 6,26 V
aplicado à entrada do FET e assim linearmente. Veja na figura 18.
Figura 18:
Relação de ganho da tensão do PWM
O circuito
com o FET para a fonte de corrente é descrito na figura 19.
Figura 19:
Circuito com FET e AOP
A figura 20
demonstra o circuito considerando também a parte de feedback para a medição da
corrente pelo microcontrolador.
Figura 20:
Circuito com FET e Feedback
A conexão
com o microcontrolador, disponível na figura 21 observa-se os pinos PWM e AD
usados para controle da corrente assim como o LCD que apresenta a corrente
medida e os botões utilizados para ajustar a corrente fornecida à carga.
Figura 21:
Circuito completo
5.Exemplo proposto
O exemplo proposto possui como carga, um resistor de
150 Ω. e através de dois botões, há o fornecimento de 50 mA caso o botão conectado a RC5 esteja
pressionado e 20 mA caso o botão conectado a RC4 esteja pressionado.
Para isso, há uma rotina que ao ser chamada é passada
como parâmetro para a mesma a corrente desejada para fazer o ajuste. O
conversor AD deve está em modo de 8 bits, significa que ao ser configurada a
corrente de 250 mA, o valor 255 retorne como resultado do conversor AD e assim
linearmente, conforme expressa o gráfico da figura 22.
Figura 22: Relação do CAD x Corrente
Note que praticamente cada bit do conversor AD
refere-se a 1 mA passando pelo resistor Shunt. Desta forma, o PWM inicia no
valor mínimo e em seguida é incrementado até a corrente, que passa pelo shunt,
seja maior ou igual à corrente de feedback, momento no qual o PWM que ajusta o
FET deixa de ser incrementado mantendo a corrente constante no resistor.
A implementação de um controle PID pode contemplar
ainda mais o controle da corrente para mantê-la constante ao longo do tempo,
independentemente de variação de carga ou tensão da fonte.
6.Fluxograma
O fluxograma proposto é o apresentado na figura 23,
onde após a configuração do PWM e do conversor AD, o algoritmo fica preso em um
loop lendo constantemente os estados dos botões. Caso algum deles fique
pressionado, é chamado em seguida uma rotina para calibrar a corrente passada
como parâmetro e retornar em seguida para o loop. Quando os botões ficarem
soltos, a saída de corrente é levada a zero desabilitando a fonte de corrente.
Observe que o display apresenta de maneira constante a corrente medida. O
leitor pode também ligar um amperímetro em série com a carga para comprovar o
funcionamento do experimento.
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