“Sim, minha
força está na solidão.
Não tenho medo
nem de chuvas tempestivas
nem das grandes
ventanias soltas,
pois eu também sou o escuro da noite.”
Clarice Lispector
Relativo,
meu caro Einstein! Lixos são transformados em verdadeiras artes e certas “artes”
são verdadeiros lixos. A vivência em uma sociedade tecnológica e de consumo nos
remete a permanentes conflitos e questionamentos. Conservamos valores de outras
raízes, mas também somos impelidos imperativamente ao novo, para não perdermos
o “trem bala” da evolução. Obviamente, desde que essa trajetória não nos
avilte, nem desconsidere o outro e a verdade do outro, o equilíbrio coletivo.
Vivemos em
um mundo fatigado, no qual necessitamos permanentemente rever os nossos
valores, as nossas “certezas absolutas”, reciclar nossos materiais,
pensamentos, ações, para que o desafio do entrelaçamento de luz e matéria, no
teletransporte quântico e na computação quântica, a transmissão de informações
acima da velocidade da luz nos redima do eterno sentimento de rapina.
Parafraseando
Clarice Lispector, para que sejamos, sem início e sem fim e, na “ausência
vital”, consigamos dar passos subsequentes, sem arremessar os botões nos lixões
ou os lixos nas veias abertas, com as quais nos rejuvenescemos, fluímos e
convivemos, cercados dos tablets, smartphones, apps, instagrans, redes sociais,
VLTs, medos, descasos, drones, web espiã e fofoqueira, poluições..., vontades,
determinação..., entrelaçados com a delicada e louca realidade que é a nossa
civilização.
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