Olá nobres, leitores. Quanto tempo
a gente não se fala e, agora, devo cutucar o ego das pessoas que ainda não
perceberam os perigos para a nossa sociedade se, ao invés de investimentos em
educação tecnológicas, fizeram investimentos em supérfluos, como os estádios
para a copa, sem nenhum investimento sério na infraestrutura. Existem cidades
ainda debaixo de escombros há mais de dois anos, como é o caso de algumas
regiões de Petrópolis e Teresópolis, fora outras que as pessoas estão de
aluguel social há mais de 3 anos e o dinheiro para resolver questões
humanitárias mais importantes foi desviado para a anestesia social chamada copa
do mundo com dinheiro público e não vindo de fora, ou seja, as empresas não
vieram investir, vieram ganhar nosso suor em impostos revertidos em pagamentos
para elas não fazerem nada convincente, a não ser os estádios, que depois da
copa custarão uma grana para mantê-los e isso vai ser com o seu imposto.
Conversa paralela a parte, me
envergonha o brasileiro que não percebe que foi manipulado a garantir os lucros
altos de empresas e governos.
O que isso tem a ver com o
tópico acima? A maioria das pessoas da área de eletrônica e eletricidade não
estão mais criando soluções e divertimentos com componentes eletrônicos, pois
não os estão incentivando a investirem no saber, no conhecimento e nos desafios
de poder resolver algum problema físico com esse conhecimento.
No tempo das revistas Saber
Eletrônica, Eletrônica Total, Elektor Brasil e Aprendendo e praticando
Eletrônica, dentre outras, as pessoas ficavam eufóricas para montarem os
circuitinhos e corriam para as lojas de eletrônica para comprarem seus
resistores, diodos e tudo o mais e faziam seus projetinhos adaptados às suas
realidades. Como os controles de níveis de caixa d'água, luzes estroboscópicas
para festinhas de aniversários, radinhos e walk-talks e por aí vai. Hoje em dia
se popularizou os microcontroladores e esperava-se que essa garotada de hoje
fosse mais desafiadora e criativa pelo fato de possuírem mais acessos a muito
mais informações que na minha época e isso não aconteceu. Temos a geração
cópia, ou seja, pessoas que só replicam o que outras fazem e não aprendem o
conceito, a estrutura nem a razão daquilo funcionar daquele jeito. Não vemos
mais os criadores de efeitos de pedais de guitarra, ou amplificadores de
violão. Os projetinhos de alarmes de carros e residências e tudo isso com muito
mais tecnologia que antes.
Mas, enfim! De quem é a culpa?
Sim é de cada um de nós. Veja eu, escrevendo artigos aqui e outros colegas
dando dicas e truques neste jornal para ajudar aos demais leitores em suas
tarefas, mas somos poucos nessa empreitada. Muita gente está se distanciando da
realidade de nossas reais necessidades de vida. Muita gente parou de dar
exemplos para os que são mais jovens e deixou de excitá-los a desafios e aguçar
a curiosidade sobre os fenômenos da natureza e da vida, isso gera um custo
humano que leva à beira da ignorância e todos sabemos como anda países ou
sociedades que abraçaram a ignorância como forma de vida e de governo. Temos a
Coréia do Norte, Cuba e a maioria dos países sul americanos que se acreditam
que o governo e a sociedade deve dar tudo aos pobres, quando na verdade este
precisa é criar condições para que não tenhamos pobres e isso só é possível
quando damos o conhecimento para que as pessoas, pensando e criando, saia dessa
situação sabendo que este governo o valoriza pelo seu trabalho e empenho em ser
produtivo. A esse exemplo, temos a Alemanha, que não foca na idade de seus
novos empregados nas empresas e sim a experiência de vida. Digo isso por ter
conhecido uma pessoa que consertava televisão para sobreviver na Alemanha e
depois dos 40 resolveu ser programador de robôs e foi muito bem aceito no
mercado de trabalho sem discriminação de idade como temos no nosso Brasil das
ilusões.
Na internet temos uma
infinidade de blogs e sites para mudar essa situação dos nossos estudantes e
profissionais. Experimentem ver no meu blog
“cleapseletroeletronica.blogspot.com.br” e em outros informações que os
inspirem a fazerem a diferença na nossa sociedade e reverter o ruim posição em relação a uso e desenvolvimento de
tecnologias. Me entristece ver crianças de países que em menos de 20 anos
estavam em guerra civil e hoje são verdadeiros experts em tecnologia e
conhecimento e os nossos jovens mais interessados em marcas de roupas,
rolezinhos e tudo que não agrega em nada na vida deles quando o mercado os
cobrar uma experiência profissional e eles nem saberem o que isso significa e
ficarem para trás, como hoje acontece com algumas empresas que acabam por
importar profissionais mais engajados e mais sérios e ocupando a vaga de
brasileiros que, se fossem mais ‘makers’ ou fazedores de novas ideias e
absorvedores do saber, não perderiam essas oportunidades e não ficariam mal
vistos.
Bom pessoal ! É isso. Espero
que tenha sido útil a informação e aguardo vocês na próxima.
Muito obrigado.
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