sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Jornal Ícone ed. 202 - "As feridas da alma"


Carlos Dei


“As feridas da alma são curadas com carinho, atenção e paz”
Machado de Assis

Recentemente vi um trecho do programa “Sem Censura” (Leda Nagle), TV Brasil, em que os entrevistados abordavam a questão da tristeza e da depressão. Um deles, o Padre Reginaldo Manzotti falou sobre o seu novo livro, “Feridas da Alma”, ele diz que recebe frequentemente “ partilhas dolorosas de pessoas que estão convivendo com a triste realidade das doenças conhecidas como transtornos do humor” e decidiu pesquisar e falar do assunto para ajudar as pessoas a lutarem para se livrar desse fardo pesado em seu dia-a-dia.
Longe de querer enaltecer a figura, o trabalho ou o livro desse religioso (que também não li) e volto a afirmar o respeito pela opção religiosa ou até a não opção de cada um nessa questão, esse debate, em que participavam uma jornalista, uma pesquisadora, e um médico, me chamou à atenção sobre o tema, pela sua urgência e também, pela proximidade das festas natalinas (que também para mim não tornam os dias melhores ou mais especiais que os outros) que provocam algumas reflexões, como num transe coletivo.
Todos os dias nos deparamos com pessoas (individualmente ou em família) mergulhadas em suas tristezas e depressões e, invariavelmente, passamos ao largo, como se nada tivéssemos com isso. E como fruto disso tudo temos as brigas, os assassinatos, as ações de vândalos conscientes, queimando ônibus e passageiros, atirando à queima roupa ou ateando fogo em moradores de rua, se acabando no crack ou em drogas mais lentas e nos tornamos indiferentes, mas também presas dessa loucura sem freio da humanidade, consigo mesma, com o ambiente, etc
Manzotti comenta “Diante dessa realidade, somos chamados a olhar para nós mesmos e perguntar: O que nos mantém encurvados? O que tem sido um peso em nossos ombros e nos impede de termos uma posição de esperança e confiança? Qual é o impedimento para vivermos melhor?”
Acredito que precisamos mergulhar nesses (e em outros) questionamentos e agirmos rápido para voltarmos a ser gente (coletivo) de verdade.

Desejamos aos leitores, amigos, anunciantes, colaboradores,  Boas Festas, um Ano Novo Próspero e todos os dias Felizes!!!

Sugerimos também a leitura do texto  “Feridas da alma”, de Letícia Thompson no link abaixo, , que, por falta de espaço não o pudemos publicar aqui. http://www.leticiathompson.net/feridas_da_alma.htm

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