terça-feira, 20 de setembro de 2011

ESR / Descomplicando o complicado (pelo menos um pouco)!

Fernando José

Olá amigos, espero encontrar todos com saúde e com muito serviço nas bancadas!
Aproveito o início desta coluna para anunciar que estou lançando o meu novo livro sobre reparação, após um período um pouco longo de distância do mundo editorial.
Como sempre ouvi desde criança, que “se queres bem feito faça você mesmo”, resolvi encarar o desafio (com se já não fosse um desafio andar pelas ruas do Rio de Janeiro todos os dias) e estou produzindo meu próprio livro, pois se der certo, sei que o mérito é “meu” e se der errado, o erro também é “meu” e assim não temos discussões sobre de quem foi à culpa!
O novo trabalho faz parte de uma nova coleção que estou iniciando, chamada “Novas Tecnologias” e o primeiro de (espero eu) uma série bem extensa de livros é: “”Básico em LCD & PLASMA””!
O seu lançamento oficial ocorreu no treinamento de TV PHILIPS PT em 9 de Abril/11 e já pode ser encomendado via e-mail através do endereço eletrônico do Clube do Técnico, clubedotecnico@gmail.com.
Espero que o material contido no livro seja do agrado de todos, pois procurei ser o mais prático e simples possível nas colocações e informações descritas no mesmo, de forma que a sua leitura seja agradável e não monótona como temos visto em algumas publicações bem conhecidas!
Outros títulos estão por vir em breve e, logicamente, vocês leitores serão avisados com antecedência sobre os mesmos!
Veja aí a capa do meu novo livro:
Voltando ao que interessa, vamos falar um pouco sobre ESR (resistência série equivalente) que é um parâmetro importantíssimo a ser considerado na análise de um capacitor eletrolítico!
Quem primeiro comentou sobre a importância da ESR, foi o colega Paulo Brites, isto ainda no século XX (lembre-se de que já estamos no século XXI há 10 anos)!
A ESR é a resistência que existe dentro de qualquer capacitor eletrolítico e que deveria ser de “0” ohm para tudo ser perfeito, mas na prática, ela sempre apresenta um valor insignificante quando o capacitor (de boa qualidade) está novinho em folha!
Com o passar do tempo, o aquecimento sofrido pelo capacitor durante seu funcionamento, devido à temperatura dentro do equipamento e muito mais pelas altas freqüências impostas a eles nas fontes chaveadas e circuitos de deflexão horizontal entre outras!
Esta situação operacional imposta ao capacitor faz com que, além da capacitância poder sofrer alterações, a ESR comece lentamente a aumentar, até atingir um valor que passa a interferir com o funcionamento do circuito onde se localiza o capacitor.
A ESR se comporta como um resistor em série com um ou com os dois terminais do capacitor e altera toda a operação do circuito, causando as mais variadas falhas em um equipamento eletrônico.
A pergunta principal é: Como medir a ESR?
Com um medidor de ESR, naturalmente seria o que deveríamos dizer mas, infelizmente, não temos este tipo de equipamento disponível no mercado brasileiro. Na Argentina, existe o CAPACHECK à venda no comércio e algumas pessoas conseguem trazer o mesmo para venda em nosso mercado!
O ideal seria ter um fabricante nacional vendendo este equipamento.
Enquanto isto não acontece...
...uma solução foi apresentada pelo colega colunista deste jornal, Waldyr Souto Maior e é o uso de um Osciloscópio para realizar esta medição.
Porém, quantos possuem um Osciloscópio em suas bancadas?
Deveriam ser todos, mas devido a fatores que são particulares de cada um, nem todos os técnicos tiveram ainda as condições “$$$” para comprar o mesmo!
Fica aqui então a sugestão de que os interessados em adquirir um instrumento para medição da ESR de forma mais simples e barata, dêem uma navegada pela internet e procurem por “medidor de ESR” no “Google”.
Eu achei este esquema bastante simples lá, em um site da República Tcheca, mas por sorte todos os valores estão descritos no diagrama de forma clara.
O miliamperímetro pode ser de 50mA!


Você também pode acessar o seguinte site:

Se vocês perguntarem qual é o que eu uso, a resposta é:
Tenho um fabricado pelo amigo Paulo Brites que me foi presenteado por ele há alguns anos e que tem me servido muito bem, embora em alguns momentos eu ainda prefira utilizar a velha intuição e ao olhar para um determinado capacitor, se eu não simpatizar muito com ele e o mesmo estiver no setor suspeito e ainda por cima for da cor azul claro, estiver com aspecto de inchado (observe que às vezes, na parte superior está tudo OK, mas na base do capacitor onde se encontram os terminais, a borracha está estufada), com aspecto de aquecimento excessivo (a capa mudou de cor) ou a capa plástica encolheu, troco o mesmo sem dó nem piedade!!!!!!
Mas, lembre-se! a intuição é uma ótima ferramenta, mas às vezes falha e uma ajudinha dos instrumentos de teste é sempre bem vinda!!!!!
E falando de instrumentos, a ICEL está lançando o MD100, uma pinça multímetro especialmente concebida para medir componentes SMD no circuito!
Prestigie a indústria nacional e adquira equipamentos que pelo menos tenham um representante real e legal aqui no Brasil!
Abaixo o MD100:

Vejam na seqüência alguns momentos do Treinamento PHILIPS PT e AUTO-RÁDIO realizado no dia 9 de Abril!

Fernando José é Técnico de Eletrônica e atua como INSTRUTOR de Eletrônica Básica e Manutenção Eletrônica da FAETEC de Niterói e do Clube do Técnico!
É tambem autor de livros técnicos e editor da Revista CDM (Clube de Manutenção) que é uma nova revista ON-LINE enviada por e-mail aos assinantes cadastrados, “gratuitamente”!
Entre em contato pelo e-mail do Clube do Técnico, clubedotecnico@gmail.com e saiba como receber a revista de forma gratuita!

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